Saúde
Mudanças na alimentação poderiam evitar metade das mortes
Segundo Sociedade Brasileira de Cardiologia, mais de 70 mil brasileiros já morreram por conta de problemas cardiovasculares em 2017
O mês de março é apenas o terceiro do ano e mais de 70 mil brasileiros já morreram de doenças cardiovasculares, segundo o “Cardiômetro” da Sociedade Brasileira de Cardiologia. E a grande causa pode ser a má alimentação.
A revista da Academia Americana de Medicina publicou recentemente um estudo apontando que a deficiência ou ingestão exagerada de alguns grupos nutritivos, como carne vermelha e sódio, pode ser responsável por quase 50% dos mais de 700 mil óbitos por infarto, derrame e diabetes registrados nos Estados Unidos em 2012. As duas primeiras causas figuram no topo do ranking da mortalidade global, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).
No caso dos brasileiros, os hábitos alimentares têm como forte característica o consumo de quantidades desnecessariamente grandes de sal, carboidratos e gorduras, conforme explica Luiz Velloso, cardiologista da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo. “Seria um grande avanço para a saúde de nossa população se as novas gerações fossem habituadas a uma alimentação mais saudável, com maior consumo de fibras, substituindo boa parte do sal pelas variadas ervas e condimentos de que dispomos, e os carboidratos por vegetais e legumes.”
Como se sabe, o consumo de sal tem forte correlação com os níveis de pressão arterial. No indivíduo hipertenso, a diminuição da ingestão de sal muitas vezes é o bastante para que a pressão arterial volte a níveis adequados. “Esta correlação sal/hipertensão também tem expressão populacional e é bastante conhecida a observação de que grupos como os índios Yanomami, cujos hábitos alimentares não incluem o sal nos alimentos, e que têm uma prevalência desprezível de hipertensão arterial.”
A hipertensão arterial é, via de regra, assintomática. No entanto, seus efeitos prejudiciais à saúde vão se instalando de forma lenta e progressiva. “Os vasos vão sofrendo alterações degenerativas, até que a doença se manifeste por meio de suas mais temidas consequências, como o acidente vascular – derrame – e o infarto do miocárdio”, detalha o médico. Graças à ausência de sintomas, a hipertensão deve ser pesquisada em todos, por medições periódicas da pressão arterial, como nos exames admissionais e de rotina trabalhista. E o fato ilusório de não provocar sintomas durante muitos anos não quer dizer que não deva ser tratada tão logo seja diagnosticada.
Diagnóstico e acompanhamento – O estudo hemodinâmico, realizado através do cateterismo cardíaco, é uma das formas de diagnosticar problemas relacionados à saúde do coração, tais como obstruções das artérias coronárias, doenças do músculo cardíaco, da aorta, dos vasos pulmonares, lesões das valvas cardíacas e também cardiopatias congênitas. Além de fornecer diagnósticos específicos e precisos, a Hemodinâmica permite numerosas intervenções terapêuticas.
Na Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo o serviço de Hemodinâmica conta com uma sala híbrida, integrada ao Centro Cirúrgico do hospital, que permite a realização de procedimentos com interação entre as abordagens cirúrgica e hemodinâmica, conforme explicou Velloso. “Para o tratamento de insuficiência coronariana, a área também tem disponível, 24 horas por dia, angioplastia coronariana, cirurgias cardíacas, ultrassom intracoronário e balão farmacológico para casos especiais.”
Para o tratamento de insuficiências cardíacas avançadas, o departamento oferece suporte circulatório com dispositivos externos de circulação assistida (Impella e CentriMag) e terapêutica de ressincronização ventricular (CRT). Para atender pacientes com arritmias, o Hospital São Camilo tem disponíveis eletrofisiologias diagnósticas com mapeamento de superfície, ablação de circuitos arritmogênicos e de fibrilação atrial por radiofrequência, implante de cardioversor/desfibrilador (CDI) e oclusão percutânea do apêndice atrial esquerdo para prevenção de eventos cardioembólicos na fibrilação atrial permanente.
No tratamento da dissecção ou aneurismas da aorta, a Equipe de Cirurgia Cardíaca, que possui expertise em tratamento percutâneo (endopróteses) e cirúrgico, fica disponível 24 horas por dia. No atendimento a pacientes que sofrem com doenças das valvas cardíacas, além do tratamento cirúrgico convencional, o São Camilo oferece procedimentos de valvoplastia mitral percutânea com cateter-balão, tratamento percutâneo da estenose aórtica por via endovascular (TAVI) com dispositivos CoreValve ou Edwards-Sapiens, tratamento percutâneo da estenose aórtica por via transapical e tratamento percutâneo da insuficiência mitral com dispositivo MitraClip. Para cuidar das cardiopatias congênitas, são disponibilizados serviços de oclusão percutânea de comunicação interatrial e de forame oval patente.
Além disso, a Cardiologia Clínica da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo oferece atendimento em Cardiologia Geral, Coronariopatias, Valvopatias, Arritmias Cardíacas, Insuficiência Cardíaca, Hipertensão Arterial e Avaliação de Marcapasso, além de prestar suporte cardiológico a pacientes de outras especialidades, em internações clínicas e cirúrgicas. “Além dos grupos especializados em Cirurgia Cardíaca e Hemodinâmica Intervencionista, contamos também com profissionais que nas áreas de Eletrofisiologia, Ecocardiografia e Cardiologia Pediátrica”, finaliza o cardiologista.
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