Saúde

Risco máximo: Anvisa proíbe marca de anticoncepcional

Produto, composto de materiais que incluem fibras de poliéster, níquel e titânio, é livre de hormônios e é colocado permanentemente nas trompas da mulher

Por EXAME.com 21/02/2017 19h42
Risco máximo: Anvisa proíbe marca de anticoncepcional
Reprodução - Foto: Assessoria

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) suspendeu o anticoncepcional permanente Sistema Essure, registrado pela empresa Commed Produtos Hospitalares e fabricado pelo grupo Bayer.

De acordo com a agência, relatórios técnico-científicos concluíram que o contraceptivo pode provocar alterações no sangramento menstrual, gravidez indesejada, dor crônica, perfuração e migração do dispositivo, alergia e sensibilidade ou reações do tipo. O produto foi classificado como de risco máximo. 

Com a resolução, a importação, o uso, a distribuição e a comercialização do anticoncepcional fica proibida em todo o território nacional.

Como o Essure funciona

O produto, composto de materiais que incluem fibras de poliéster, níquel e titânio, é livre de hormônios e é colocado permanentemente nas trompas da mulher.

De acordo com o portal oficial do anticoncepcional, a inserção do sistema forma uma barreira natural que evita que os espermatozoides cheguem aos óvulos, evitando a gravidez.

O que diz a Commed

A assessoria de imprensa da Commed informou a EXAME.com que está investigando os motivos que levaram à suspensão do produto.

Veja a íntegra da nota:

“A Comercial Commed, distribuidora exclusiva no Brasil de Essure®, dispositivo intrauterino de anticoncepção permanente, foi surpreendida ontem (20) pela decisão da Anvisa de suspender a comercialização do produto no País.

A empresa está apurando junto às autoridades os motivos que levaram à suspensão do produto, produzido mundialmente pela Bayer.

A Commed reitera seu comprometimento com a ética e responsabilidade social, colocando-se à disposição para fornecer informações a respeito da eficácia e segurança do produto comprovadas por inúmeros estudos nacionais e internacionais”.