O Programa Nacional de Imunização (PNI) da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) deu início esta semana a vacinação de trabalhadores em situação de risco para o tétano acidental. O trabalho está sendo realizado pelos profissionais da equipe móvel do PNI juntamente com agentes da Coordenação de Doenças Transmitidas por Vetores e Animais Peçonhentos e percorreu estabelecimentos como borracharias, ferros-velhos, cemitérios, oficinas de todo o 1º Distrito Sanitário da capital.

Segundo a técnica de enfermagem da SMS que participou da ação nesse primeiro dia, Nézia Araújo, ao longo do ano serão realizadas visitas diárias a esses estabelecimentos nos oito distritos sanitários, a fim de que seja avaliado o esquema vacinal da dT (difteria e tétano) e hepatite B desses trabalhadores, realizando a atualização do cartão de vacinação, afim de preveni-los contra essas doenças.

Paralelamente a esta ação, também ocorre a vacinação de trabalhadores dos canteiros de obras da construção civil, também vulneráveis a lesões que podem provocar a doença.

A vacinação

Segundo Eunice Raquel Amorim, coordenadora do PNI do município, a principal forma de prevenção do tétano é a vacinação desde a infância. “A criança é vacinada com a Pentavalente (três doses) aos 2, 4 e 6 meses de idade e, posteriormente, recebe os reforços, conforme sexo, idade e situações especiais como a gestação. Uma pessoa considerada vacinada é aquela que tem registrado, na caderneta/cartão de vacinação, três doses da vacina”, explica a coordenadora.

Adolescentes, adultos e idosos que perderem o cartão/caderneta de vacinação, necessitam receber as três doses novamente com a vacina dT, dando intervalo de 2 meses entre cada uma delas. Caso o esquema esteja incompleto e/ou atrasado, basta administrar as doses que faltam independente do tempo decorrido da última dose, e o reforço será estendido para cada 10 anos.

A doença

A bactéria responsável pelo Tétano, o Clostridium tetani, também pode estar presente em fezes, terra, galhos, arbustos, águas putrefatas, poeira nas ruas e não somente em metais enferrujados.

A infecção ocorre quando os esporos da bactéria entram no organismo através de cortes, perfurações ou lesões na pele ou mucosas, sejam ferimentos superficiais ou profundos; e a doença leva à hospitalização e complicações, até à morte em alguns casos.