Saúde
Patologista alerta para riscos da intolerância alimentar
Rejeição a alimentos como leite, ovos, peixes e até frutas e verduras podem provocar sintomas que vão desde problemas intestinais e dores de cabeça até problemas respiratórios crônicos como sinusite e rinite;
Alguns tipos de intolerância alimentar, distintos da alergia alimentar clássica, podem ocasionar sintomas moderados e crônicos, que geralmente não são atribuídos a nossa alimentação diária. A frequência e a quantidade de alimentos que comemos diariamente podem estar associados a reações imunológicas repetitivas que estimulam reações inflamatórias importantes em nosso organismo.
Sabe se que muitas reações imunológicas ocorrem no intestino, garantindo uma barreira contra bactérias, fungos, vírus e outros agentes patogênicos. Porém, fragmentos de proteínas de origem alimentar, também podem ser reconhecidos como estranhos e provocar reação do nosso organismo, através de anticorpos específicos para este tipo de alimento. Essas reações anormais podem ter várias denominações como Intolerância alimentar, hipersensibilidade alimentar ou alergias tardias.
De acordo com a patologista clínica e vice-diretora médica do RDO Diagnósticos Médicos, Dra. Adah Conti de Freitas, a intolerância ocorre devido à reação dos anticorpos lgG, responsáveis pela reação imunológica a proteínas presentes em alimentos. A resposta imunológica dos anticorpos é o que causa as reações à ingestão da comida, como as dores no abdômen, diarreia, dores de cabeça, etc.
“A investigação da intolerância alimentar tem como objetivo proporcionar informação sobre a resposta imunológica frente ao consumo de determinados alimentos, com a finalidade de personalizar uma dieta, de forma mais assertiva, para reduzir ou eliminar sinais e sintomas possivelmente relacionados à alimentação”, explica Dra. Adah Conti de Freitas.
No RDO há um “painel de intolerância alimentar” que estuda e identifica de forma segura e precisa os 59 principais alimentos que podem ser a causa de diversos sinais e sintomas orgânicos relacionados à alimentação diária. “Conhecer as características da intolerância alimentar é essencial, para que assim o diagnóstico possa ser feito e o tratamento iniciado. A função deste painel é proporcionar informação sobre a resposta imunológica frente a estes alimentos, com a finalidade de personalizar a dieta, de forma mais assertiva, no intuito de reduzir ou eliminar sinais e sintomas possivelmente relacionados à alimentação”, pondera Dra. Adah Conti de Freitas.
Alimentos investigados no painel de intolerância alimentar do RDO:
Leite e ovos
Leite de vaca, ovos
Castanha e nozes
Amendoim, amêndoas, castanha do Pará, castanha de caju, noz
Carnes
Bovina, cordeiro, frango, peru, porco
Ervas e especiarias
Chá, gengibre
Frutas
Grape fruit, groselha preta, limão, laranja, maça, melancia, melão, morango, tomate
Grãos
Arroz, aveia, centeio, cevada, glúten, milho, trigo, trigo duro
Mix de crustáceos e peixes
Atum, bacalhau, camarão, caranguejo, hadoque, lagosta, lingado, mexilhão, salmão, truta, etc
Mix de vegetais
Alho, alho porró, aipo, azeitona, batatas, brócolis, cacau, café, cenoura, couve, ervilha, feijão, gergelim, girassol, lentilha, pimentões, repolho e soja
Outros
Gogumelos, fermentos e leveduras, mel, etc
Sinais e sintomas da intolerância alimentar: os sintomas da intolerância alimentar podem advir de vários fatores como deficiência de enzima (intolerância a lactose), sensibilidade a certos agentes químicos (aminas no chocolate que podem causar enxaquecas), ou uma resposta imune mediada por um tipo especifico de anticorpo (IgG) que é detectado no painel de intolerância alimentar do RDO.
Segundo a Dra. Adah, temos aproximadamente mais de 150 sintomas relacionados a intolerância alimentar. “Problemas intestinais como (constipação, colite, diarreia), dor de cabeça (enxaqueca e cefaleia), insônia, depressão, ansiedade, palpitações, fadiga, doenças autoimunes, artrite e dor articular, sintomas respiratórios crônicos, sinusite, renite, problemas de pele, são alguns dos sintomas da intolerância alimentar e que muitos desconhecem”, esclarece.
Os sintomas da intolerância alimentar surgem algum tempo depois da ingestão do alimento em que o indivíduo possui dificuldade em digerir corretamente como diarreia ou prisão de ventre, gases, enjoo, etc. “Mas além destes sintomas a intolerância alimentar pode, com o passar do tempo, gerar outros problemas como a dor de cabeça, enxaqueca, dificuldade em emagrecer, depressão e até acne”, alerta.
Intolerância alimentar - do diagnóstico a cura: a intolerância geralmente está associada ao consumo abusivo de um mesmo alimento, à mudança radical de hábitos alimentares, ingestão por tempo prolongado de antibióticos e outros medicamentos que agridem a flora intestinal ou mesmo a uma dieta inadequada. O fator emocional e o estresse também podem contribuir para o aparecimento de casos de intolerância.
Diagnosticado o alimento causador da indisposição, o melhor tratamento a fazer é eliminá-lo de sua dieta e substituir por outras fontes de mesmo valor nutricional. “Além de eliminar o alimento que causa indisposição das refeições, é importante adotar uma dieta saudável, sem grande concentração de componentes de difícil absorção, como gorduras, açúcares e aditivos químicos”, sugere.
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