A Secretaria Municipal de Saúde (SMS), por meio do Programa de Atenção À Saúde Integral do Adolescente e Jovem, ligado à Diretoria de Atenção à Saúde (DAS), realiza uma capacitação para profissionais sobre como lidar com a questão da violência autoinfligida na Atenção Básica. O evento acontece no próximo dia 14, às 9h, no auditório da SMS, no prédio sede, no centro da cidade.

O treinamento discutirá o tema “Adolescência e violência autoinfligida: novas perspectivas e desafios para o setor saúde” e será conduzido por Regina Coeli Mota, psicóloga-sanitarista, especializada em saúde coletiva pela Fiocruz e também integrante do Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF) da SMS.

A coordenadora do Programa de infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs/Aids) da SMS, a infectologista Mardjane Alves de Lemos, participará do encontro para de orientar profissionais como conseguir a adesão de adolescentes e jovens na realização do teste rápido para detecção de HIV e Aids.

Violência autoinfligida

A violência autoinfligida refere-se à violência onde o perpetrador e a vítima são as mesmas pessoas, divide-se em autoagressão e suicídio.

Em 2009, 106 adolescentes entre 10 e 14 anos cometeram suicídio no Brasil, de acordo com o dado mais recentes do Sistema de Informações sobre Mortalidade do Ministério da Saúde. Nos últimos 14 anos, foram 1.437 mortos nessa faixa etária, com uma média de 102 por ano. Entre os jovens de 15 a 19, o número é mais de cinco vezes maior: 566 em 2009.

Nos Estados Unidos, o suicídio é a terceira causa de morte entre jovens com idades entre 10 e 24 anos, com cerca de 4.400 óbitos registrados por ano. No Brasil, 25 pessoas se matam por dia – tornando o país o 11º colocado no ranking mundial de suicídios, de acordo com a Organização Mundial da Saúde. Dessas 25, duas são crianças e adolescentes de até 19 anos.