Nos dias 23, 24 e 25 de outubro, a histórica cidade de Penedo será, mais uma vez, o palco do Festival de Música de Penedo (Femupe), que chega a sua 16ª edição movimentando não apenas a cena cultural, mas também a economia local. Com uma programação que reúne shows, oficinas, debates, conferências, entre outras atividades gratuitas, o evento se consolida como um dos mais importantes do calendário turístico-cultural do município.

De acordo com a Secretaria de Turismo e Economia Criativa de Penedo (SETUREC), a expectativa para este ano é de quase 100% de ocupação na rede hoteleira durante o festival. Em 2024, a taxa chegou a 96% e, agora, com a projeção de um público ainda maior, a cidade se prepara para receber visitantes de várias regiões do Brasil.

O impacto do festival vai muito além da rede de hospedagem. Segmentos como bares e restaurantes, passeios turísticos, serviços de transporte e o artesanato local registram crescimento expressivo nos dias de evento. No ano passado, segundo dados da SETUREC, o setor gastronômico, por exemplo, teve aumento médio de 25% a 30% no faturamento em comparação a períodos de baixa temporada, com relatos de lotação máxima em muitos estabelecimentos durante as noites de apresentações.

Para o secretário de Turismo e Economia Criativa de Penedo, Jair Galvão, é visível o impacto do Femupe na economia e identidade da cidade. “Mais do que um festival de música, é uma iniciativa que valoriza a nossa identidade cultural, aquece a economia local e ajuda a combater a sazonalidade do turismo. Além disso, fortalece a imagem de Penedo como destino turístico-cultural e promove inclusão ao envolver diferentes segmentos no mesmo espaço”, destaca.

O evento também movimenta a chamada economia criativa, envolvendo profissionais ligados a segmentos como o da música, da produção cultural e do turismo. Estruturas de sonorização, iluminação e montagem, além de serviços de transporte, por exemplo, completam a cadeia beneficiada pelo festival.

Na realização desta 16ª edição, três instituições se unem: a Universidade Federal de Alagoas (Ufal), o Sesc Alagoas e a Prefeitura de Penedo. Para Carlos Pessoa, diretor do Sesc Alagoas, essa parceria é estratégica. “A Ufal e o Sesc unem expertises complementares: a dimensão acadêmica e científica da universidade somada a nossa experiência cultural e pedagógica. Essa soma fortalece o caráter formativo e inclusivo do festival, que está plenamente alinhado à Política Cultural do Sesc”, avalia.

Arte, cultura, história e belezas naturais em um só lugar

Com atividades gratuitas e abertas para estudantes e profissionais de diversos lugares do país, bem como para o público em geral, o festival democratiza o acesso à música e transforma o município em um espaço de pluralidade cultural. Mas são os cenários e os símbolos de Penedo que dão um toque especial ao evento.

Às margens do rio São Francisco, a cidade preserva um patrimônio artístico e arquitetônico que remonta ao período colonial, com igrejas barrocas, conventos e casarões que impressionam os visitantes. Essa atmosfera histórica, somada às tradições culinárias e aos passeios fluviais, transforma a experiência do festival em um verdadeiro “mergulho” cultural.