Política
Governo do Estado retoma Mercado de Jaraguá
Ideral confirma que Prefeitura de Maceió não teve interesse em manter gestão do equipamento, que deve passar por modernização

O Mercado de Jaraguá, um dos mais tradicionais espaços públicos de Maceió, volta a ser oficialmente controlado pelo Governo de Alagoas. Segundo apuração da Tribuna Independente, a proposta de transformá-lo em um centro gastronômico moderno e atrativo para a população alagoana e os visitantes da capital. A medida ocorre após o vencimento da cessão que havia transferido a administração do prédio à Prefeitura de Maceió e a ausência de interesse do município em renovar o convênio.
Em contato com a reportagem, Davi Maia, presidente do Instituto de Desenvolvimento Econômico e Social de Alagoas (Ideral), detalhou os planos do governo estadual para a requalificação do espaço e explicou os motivos que levaram à retomada do prédio, cuja responsabilidade legal é do Estado, por meio da Carph (Companhia de Administração de Recursos Humanos e Patrimoniais) - órgão que gerencia o patrimônio estadual.
Segundo Davi Maia, o projeto de requalificação do Mercado de Jaraguá será baseado no modelo do Mercado Central de Belo Horizonte, um dos mais conhecidos centros de gastronomia e cultura do país.
“A comparação com BH é o conceito geral: um centro gastronômico, inclusive porque ali já existe essa vocação natural. Eu adoro a feijoada do Jaraguá”, afirmou o presidente do Ideral.
A ideia é aproveitar esse potencial já existente e ampliar a atratividade do local, oferecendo uma estrutura mais moderna, limpa e segura. O novo centro deverá funcionar além do horário tradicional de almoço, buscando ampliar o fluxo de frequentadores durante todo o dia. “Queremos um espaço com apelo de atração para toda a sociedade alagoana e para os nossos visitantes, que tenha um fluxo maior e não só na hora do almoço, que seja atrativo, limpo e moderno”, reforçou Maia.
SEM INTERESSE
Sobre a mudança de gestão, Davi Maia explicou que a cessão do imóvel à Prefeitura de Maceió expirou e não houve por parte do município qualquer movimento no sentido de renová-la. Diante disso, o Estado, por meio da Carph, entendeu que o espaço não vinha sendo valorizado nem cuidado como deveria.
“A cessão expirou, a Prefeitura não demonstrou a vontade na renovação e o Estado, através do órgão que gerencia o seu patrimônio, a Carph, acha que ele não está sendo valorizado e cuidado como deveria. Quem frequenta o mercado do Jaraguá pode identificar isso facilmente”, afirmou o presidente do Ideral.
De acordo com frequentadores e permissionários ouvidos pela reportagem em visitas anteriores, o Mercado de Jaraguá já vinha apresentando sinais de abandono, com problemas na estrutura, falta de segurança e pouca movimentação de público fora dos horários de pico. A expectativa é que o novo projeto consiga reverter esse cenário. *Leia mais na Página 3.

Ideral pretende usar a mesma estratégia de inovação
Para transformar o Mercado de Jaraguá, o governo estadual pretende aplicar no espaço a mesma estratégia adotada no Ceasa de Maceió, que passou a ser gerido diretamente pelo Estado na gestão de Paulo Dantas.
Segundo Davi Maia, presidente do Instituto de Desenvolvimento Econômico e Social de Alagoas (Ideral) os resultados são visíveis e podem ser comparados com outros espaços públicos que seguem sob gestão municipal.
“Será feito um recadastramento e envolvimento dos permissionários locais, como estamos conduzindo no Ceasa. Do mesmo modo, inclusive mostrando para eles duas realidades: a gestão do Ceasa pelo governo Paulo Dantas e a diferença com a gestão do Mercado da Produção conduzida pela Prefeitura”, afirmou Maia.
Ele também citou melhorias visíveis em diversos aspectos. “Pode comparar: limpeza, segurança, relacionamento com os permissionários e o ambiente de negócios. Sem falar no projeto de tornar o Ceasa sustentável ambiental, econômica e socialmente”, completou.
PREVISÃO
A expectativa é que o novo centro gastronômico seja reinaugurado no primeiro semestre de 2026, após passar por um processo de requalificação que incluem melhorias estruturais, novo ordenamento comercial e diálogo com os comerciantes que já atuam no local.
Maia afirma que será feito um recadastramento dos atuais permissionários e que o objetivo do governo é incluir todos que desejarem continuar atuando no local, desde que se enquadrem nas novas diretrizes do projeto. O Ideral também pretende atrair novos empreendedores e estimular o uso do espaço como ponto de encontro cultural, gastronômico e turístico.
VALORIZAÇÃO
Localizado no bairro histórico de Jaraguá, o mercado é um símbolo da capital alagoana e possui forte apelo cultural. A proposta do governo é não apenas transformá-lo em um polo gastronômico, mas também valorizar o patrimônio arquitetônico e histórico do local.
“Queremos algo que reflita a identidade de Alagoas, mas que também ofereça o conforto, a limpeza e a diversidade de experiências que encontramos nos grandes centros do país”, finaliza Davi Maia.
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