Política
A convite de Ronaldo Medeiros, membro de Embaixada explica relação Brasil-China
Seminário 'Relações Brasil-China e as Parcerias com o governo brasileiro' teve como palestrante o ministro conselheiro da Embaixada da China no Brasil, Jia Chen
Na manhã desta terça-feira (3), foi realizado o seminário “Relações Brasil-China e as Parcerias com o governo brasileiro”, que teve como palestrante o ministro conselheiro da Embaixada da China no Brasil, Jia Chen, que veio a Alagoas a convite do deputado estadual Ronaldo Medeiros (PT).
Por cerca de 60 minutos, Jia Chen pontuou ao lotado auditório do Sindicato dos Trabalhadores da Educação de Alagoas (Sinteal), a história de seu país e as escolhas tomadas pelo governo para que a China se tornasse a potência mundial, tanto econômica quanto política, que é atualmente. A guinada, segundo o membro da Embaixada da China no Brasil, se deu no fim da década de 1970, quando o governo chinês, sob orientação do Partido Comunista da China (PCCh) decidiu abrir seu mercado para o exterior.
“Na China, nós somos uma economia de mercado, mas não é o mercado que determina nossas escolhas políticas. Por isso, setores estratégicos, como energia e petróleo, estão sob o controle estatal”, destacou Jia Chen.
Para o deputado Ronaldo Medeiros, o evento ofereceu aos mais de 400 presentes no auditório do Sinteal, uma oportunidade única para compreender os caminhos traçados pelos chineses nas últimas décadas, fazendo aquele país superar imensas dificuldades em infraestrutura e de desenvolvimento econômico e social.
“Tivemos uma excelente manhã, na qual pudemos conhecer melhor a realidade chinesa, suas experiências históricas e compreender melhor as razões para o sucesso de seu modelo, que impressiona o mundo. Jia Chen, ministro conselheiro da Embaixada da China no Brasil, nos deu uma verdadeira aula sobre a potência asiática”, comenta o parlamentar.
A visita do ministro conselheiro da Embaixada da China, que permanece em Alagoas até esta quarta-feira (4), é cercada de expectativas sobre a possibilidade de acordos comerciais entre a potência asiática e Alagoas.
Em entrevista coletiva, Jia Chen ponderou não ser o responsável pelas relações comerciais da Embaixada da China no país, mas adiantou que levará a discussão aos seus colegas diplomatas e Brasília.
Além da História chinesa, Jia Chen também destacou o papel da China na economia global e a relação com os Estados Unidos e com o Brasil, tanto no período do governo Jair Bolsonaro (PL) quanto no atual governo Lula (PT).
“O ex-presidente Bolsonaro visitou a China ainda no início de seu governo e, na volta, um repórter lhe fez uma provocação ao questioná-lo sobre ele visitar um país comunista. Bolsonaro respondeu que a China é capitalista. Aquela resposta, que mostrou protagonismo dele, foi muito bem aceita por nós porque não aceitamos os rótulos que nos dão. Temos o nosso modelo, o modelo chinês”, pontua. “Já com o presidente Lula, ao qual temos relação desde antes de ele se eleger presidente por conta da amizade entre o Partido dos Trabalhadores e o Partido Comunista da China, as relações só melhoraram, tanto economicamente quanto politicamente”, completa o ministro conselheiro da Embaixada da China.
A relação entre o PT e o PCCh, que oportunizou ao deputado Ronaldo Medeiros visitar a China numa delegação petista, foi o que motivou o convite à Embaixada chinesa a Alagoas.
“Desde de minha ida à China que tive a vontade de trazer alguém deles aqui para nos conhecer e nos explicar a experiência deles. O seminário também foi muito rico nesse ponto, sobre a importância das relações com o nosso país e sobre a relação entre o Partido dos Trabalhadores e o Partido Comunista da China”, destaca o parlamentar.
Também participaram do Seminário, com apoio na organização, além do Sinteal, o vice-governador Ronaldo Lessa, a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Alagoas (Fapeal), o Instituto Federal de Alagoas (Ifal), a Universidade Estadual de Alagoas (Uneal), a Universidade Federal de Alagoas (Ufal).
Estiveram presentes ao seminário, representação de diversos partidos políticos como o PT, PDT, PSB e PCdoB.
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