Política
PT distribuiu mais de R$ 1 milhão para candidatos
Após contestações lançadas pelo ex-filiado Welton Roberto, legenda diz que só administrou verba para candidaturas no interior
A distribuição do fundo partidário do Partido dos Trabalhadores (PT) em Alagoas foi alvo de polêmica na semana passada, com declarações públicas do advogado Welton Roberto, que anunciou a sua desfiliação questionando a distribuição de fundos do partido. O recurso questionado pelo jurista na verdade é o que foi repassado para cidades do interior já que as candidaturas de Maceió e de Arapiraca receberam o dinheiro diretamente na conta, em distribuição feita pela nacional.
Ainda de acordo com o partido, candidatos em Maceió já receberam, juntos, mais de R$ 1 milhão, do fundo partidário para as campanhas à Câmara de Vereadores.
“O PT Maceió não recebeu nenhum recurso em suas contas. Há uma resolução nacional que define que nos diretórios das cidades com mais de 100 mil habitantes, o PT nacional era quem ia destinar diretamente os recursos para as candidaturas. A única coisa que a gente fez foi classificar pela ordem de prioridades das candidaturas”, disse Jane Alves, secretária de finanças e planejamento do PT Maceió, em contato com a reportagem da Tribuna Independente.
Sendo assim, o recurso que foi administrado pela instância local foi de responsabilidade do diretório estadual. Mario Bispo, secretário de Finanças do PT Alagoas, esclarece. “O Diretório do PT Alagoas recebeu ao todo R$ 2.378.397,50 de recursos do FEFC [fundo eleitoral] destinados aos municípios de Alagoas com menos de 100 mil eleitores”.
Uma parte disso foi utilizada para contratação de serviços. “Foram contratados escritórios jurídicos e contábeis para assessoria no registro de candidaturas e realização das prestações de contas eleitorais. No total 210 prestações de contas, sendo 6 candidaturas majoritárias, 77 candidaturas a vereador masculinas, 47 candidaturas a vereador femininas, 79 Diretórios Municipais e 1 Diretório Estadual”, detalhou Mario.
De acordo com ele, o total de gastos com a contratação dos serviços contábeis para essas prestações de contas foi de R$ 439.000,00. “Uma média de R$ 2 mil por prestação para cada um dos serviços. Também houve despesas com jurídico na parte de contenciosos dos municípios de Cajueiro e Delmiro Gouveia, totalizando R$ 80.000,00. Também foram contratados serviços de pesquisas eleitorais para os municípios de Olho D’Agua do Casado, Canapi, Cajueiro e Maceió, no valor total de R$ 50.00,00. Outros serviços foram contratados para atender candidaturas de mulheres: Agência de Comunicação, no valor de R$ 102.700,00 e serviços gráficos, no valor de R$ 50.000,00”.
Segundo Bispo, os critérios para destinação e distribuição desses recursos entre candidatos do interior foram aprovados pela própria direção Executiva Estadual em reunião realizada no dia 26 de agosto desse ano.
“Atendendo orientação da Direção Nacional foram criados grupos para nortear o enquadramento dos candidatos em ordem de prioridades para distribuição dos recursos para candidaturas majoritárias e proporcionais: G1 formados por candidatos à reeleição, G2 composto por suplentes do último pleito e candidaturas de alta competitividade e G3 formado pelas demais candidaturas competitivas. Foi estabelecida uma gradação de valores de repasses para cada grupo. Vereador: G1 R$ 12 mil, G2 R$ 8mil e G3 R$ 3mil. Prefeito: G1 R$ 80 mil, G2 R$ 40/60 mil e G3 R$ 20mil. Em seguida os valores foram repassados aos candidatos e candidatas, num aproximado de R$ 1.318.000,00 até o momento”.
MAIS DE 1 MILHÃO PARA CANDIDATOS
Entre os vereadores de Maceió, o valor repassado pela direção nacional do PT já passou de um R$ 1 milhão. Para ser mais exato, segundo o PT, R$ 1.086.068,71. Vale o mesmo critério de grupos mencionado pelo estadual, e Jane Alves explicou que aqui na capital não houve candidaturas no G3, foram sete no G1 e seis no G2.
São seis candidatas mulheres e sete homens, no entanto, a soma dos recursos repassados às mulheres petistas de Maceió é maior que o dos homens. O total é de R$ 577.074,26, contra 508.994,45. Isso se deve ao fato de que o partido investe recursos a mais em candidaturas femininas, por motivos ideológicos.
Entre as candidaturas mais beneficiadas pelo fundo, as que têm mandato saíram na frente. Teca Nelma recebeu do partido a quantia de R$ 157.801,88, enquanto Valmir Gomes ficou com R$ 124.972,08. Elida Miranda recebeu R$ 119.972,08, e Alycia da Bancada Negra R$ 114.972,08.
Todos os outros ficaram abaixo dos R$ 100 mil: Marcelo Nascimento R$ 95.977,66, Basile R$ 85.977,66, Alê Costa R$ 84.942,74, Pastor Wellington R$ 59.692,74, Paulo Sérgio R$ 54.692,74. Sirlene Rasteirinha, Siloane e Tenório da Padaria receberam igualmente R$ 49.692,74, e o que ficou com menos foi Professor Luizinho, com R$ 37.988,83.
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