Preparando o plano de segurança para as eleições deste ano, o Tribunal Regional Eleitoral (TRE/AL) se reuniu ontem (3), com representantes de todas as forças policiais. De acordo com o desembargador e presidente do TRE/AL, Klever Loureiro, até o presente momento o clima nas eleições municipais é de predominante tranquilidade, mas já há acirramento em algumas regiões.

“Na minha opinião, essas eleições [as municipais] são as que mais dão trabalho porque as lideranças são os locais. Eleição doméstica, as lideranças se cruzam na mesma cidade. Ainda mais em município pequeno, que dá muito acirramento. A força está aí para garantir juntamente com o TRE, então temos aqui agentes da Polícia Federal, Exército, Polícia Militar, Polícia Civil, Polícia Rodoviária Federal, enfim, todas as forças reunidas”, afirmou Loureiro. Segundo ele, a reunião é para ajustes. “Já tive outra reunião anteriormente para saber quais as sugestões deles, e nós iremos dar as nossas sugestões para ajustar”.

De acordo com o TRE, alguns municípios estão pedindo reforço policial. “Nós estamos avaliando. Inclusive, também nesta reunião, nós iremos ouvir a Força Pública, vamos ouvir os seus comandantes para conseguir formar uma opinião a respeito da necessidade ou não. “Está transcorrendo tudo normal, até hoje dia 3 de agosto. Só aquelas muitas ações que multiplicaram, porque isso é comum de uma democracia, candidato de um partido que se sente ofendido com o outro”.

A Justiça Eleitoral já tem um mapeamento de quais são as regiões mais conflituosas, que vão precisar de uma atenção especial um reforço maior de Segurança Pública, mas evita divulgar. “Nós temos sim, agora não podemos adiantar para não acirrar mais ainda, mas nós temos aí uns quatro municípios que realmente a situação lá está acirrada, então nós já estamos de olho”.

RELATÓRIO

O coronel Neyvaldo Amorim, subcomandante da Polícia Militar, explica que trouxe as informações necessárias para apresentar ao tribunal e contribuir com a decisão em relação a isso. “O comando está entregando um relatório de inteligência de todos os levantamentos que foram feitos. É um relatório detalhado, um relatório imenso. E o TRE, com a inteligência do órgão eleitoral, também vai se juntar e verificar onde será necessário ou não, de acordo com o acirramento daquela localidade. Então, quem vai decidir é o TRE, onde serão colocados o reforço, e o incremento do policiamento”.

Amorim disse que todo o plano da PM para as eleições já está pronto. “O nosso plano foi publicado em 19 de agosto, nosso boletim é um aditamento, um planejamento detalhado. E hoje nós vamos explicar ao TRE, uma síntese da operacionalização desse plano de policiamento durante as eleições do próximo mês. Para a eleição, exclusivamente, vamos trabalhar com 6.660 homens, fora o serviço ordinário do atendimento 181 e 190, que vamos manter normal”.

Sobre o reforço para o interior do estado, ele conta que será com certa antecedência. “Nós vamos mandar já no início da semana, então o policiamento de guarda urna no sábado, o pleito no domingo. Mas o interior que necessitará do reforço, nós vamos mandar ao longo da semana, antes da eleição. Nós estamos com todo o efeito nosso mobilizado, tanto o operacional quanto o administrativo, nós vamos concentrar todo esse efetivo para atender todas as demandas e necessidades. O TRE solicitando alguma coisa, algum incremento, a gente vai se mobilizar para atender essas demandas”.

Mesmo que algum município conte com o apoio do Exército, o plano será mantido. “Nós vamos estar presentes com toda a Polícia Militar nos 102 municípios. Independente do exército estar presente ou não, vamos continuar com o policiamento ostensivo, apoiando o Exército se for o caso”.

A Polícia Civil também está preparada. Eduardo Melro, delegado-geral adjunto da Polícia Civil, explica como será. “A Polícia Civil já finalizou o seu planejamento operacional. Primeiro turno, todas as unidades da Polícia Civil, do todo o interior do estado, da capital, estarão em funcionamento, em regime de plantão. O plantão se inicia às 18h de sábado, dia 5, e só conclui às 18h de domingo, após o encerramento das eleições. Nós escalamos aproximadamente 900 policiais civis, dentre delegados, agentes e escrivães, várias unidades envolvidas, mais de 250 viaturas a disposição desse efetivo”.