A vereadora Teca Nelma (PT) entrou em contato com a reportagem da Tribuna Independente após publicação da matéria “Maioria dos vereadores de Maceió aumentou o patrimônio”, na edição do último final de semana. Citada como a terceira que mais aumentou o patrimônio, ela esclarece que permanece exatamente com os mesmos bens que antes de sua primeira eleição, em 2020.

“Eu não escondo patrimônio. Quando nasci, em 1999, meu pai doou para mim uma casa no conjunto Stella Maris e outra na Barra de São Miguel. Moro na mesma casa até hoje, junto com meu pai, o jornalista e professor universitário aposentado, Renato Soares, 80 anos, e minha mãe, a ex-deputada federal e psicóloga Tereza Nelma, também aposentada, de 67 anos”.

Teca Nelma acrescenta que “se houve algum aumento no meu patrimônio, foi em conhecimentos, o que infelizmente não é levado em consideração. Sem deixar de estar presente na Câmara, usei meus vencimentos de vereadora para pagar passagens em fins de semana para São Paulo, onde concluí, com louvor, o mestrado em Administração Pública na Fundação Getúlio Vargas. Estou melhor preparada para debater soluções para os graves problemas de Maceió”. Teca Nelma acrescenta, ainda, que não tem preconceito “contra quem aumenta o próprio patrimônio de forma honesta”.

ENTENDA

A reportagem publicada foi baseada em informações divulgadas na Justiça Eleitoral, através do portal Divulgacand. É fato que o patrimônio declarado pela vereadora aumentou R$ 457.024,61, tendo R$ 85.345,54 em 2020 e alcançando R$ 542.370,15 em 20204. Além disso, ela agora declara investimentos em uma conta digital no valor de R$ 86.599,97. No entanto, vale o esclarecimento de que os valores subiram muito devido à valorização dos dois imóveis que já estavam na declaração anterior.

Uma mesma casa residencial no loteamento Barra Mar, em Barra de São Miguel, que em 2020 estava avaliada em R$ 45.000,00, esse ano foi declarada com o valor de R$ 228.560,11. Já a casa que mora em Maceió com seus pais, no Loteamento Stella Maris, bairro Jatiúca, tinha o valor de R$ 40.000,00, e agora vale R$ 215.774,97.

Nos últimos anos, o crime ambiental da Braskem causou grandes mudanças na cidade de Maceió, uma delas foi a questão imobiliária. Com o desaparecimento de três bairros (Pinheiro, Mutange e Bebedouro) e a realocação de milhares de famílias, o valor dos imóveis sofreu alterações desproporcionais em um curto período. A Jatiúca, por exemplo, onde Teca reside em casa própria, é o 6º metro quadrado mais caro do Nordeste, valendo R$ 9.292.