A CPI da Braskem marcou para o dia 8 de maio a visita a Maceió. A data foi confirmada ontem pelo senador Rodrigo Cunha (Podemos/AL). Os integrantes da Comissão pretendem conversar com os moradores dos Flexais e Bebedouro, além de visitar o Hospital da Cidade (antigo Hospital do Coração) e a zona de exclusão, nos bairros afetados pela mineração.
Cunha disse ainda, por meio da sua assessoria de comunicação, que quer aproveitar a vinda da Comissão à capital alagoana para aprofundar as investigações sobre o afundamento do solo provocado pela mineração predatória das minas de sal-gema, exploradas pela Braskem.

“Dia 8 de maio será um dia muito importante na luta de todos nós que queremos justiça para com os moradores dos bairros do Pinheiro, Bebedouro, Mutange, Bom Parto e Farol”, afirmou Cunha. Para ele, “a chegada da CPI da Braskem na cidade será uma oportunidade ímpar para aprofundarmos a investigação acerca deste crime ambiental que tantas vítimas fez em Maceió”.

A visita dos membros da Comissão Parlamentar de Inquérito, que investigam o Caso Braskem, estava programada, incialmente, para a quarta-feira passada, dia 17 de abril, mas foi adiada por “motivos logísticos”.

Segundo a assessoria da CPI, a votação do projeto de lei sobre o porte e uso de drogas, em tramitação no Senado, também teria contribuído para o adiamento da data da vinda da Comissão.

O requerimento para a visita da CPI a Maceió é de autoria de Rodrigo Cunha. Com a confirmação, ele adiantou que a Comissão realizará ações in loco nos bairros afetados pelo afundamento do solo causado pela mineração, assim como reuniões com organismos que estão atuando na busca por reparação justas aos moradores atingidos pelo desastre ambiental.

A vinda da CPI da Braskem a Maceió, na próxima quarta-feira, contará com as presenças confirmadas dos senadores Omar Aziz (PSD) e Rogério Carvalho (PT/SE), presidente e relator da Comissão, respectivamente.

“Os membros da CPI realizarão visita aos bairros afetados pelo afundamento do solo e reunião ampliada com Ministério Público Estadual (MPE), Ministério Público Federal (MPF), Defensoria Pública do Estado (DPE), Defensoria Pública da União (DPU) e representantes dos moradores”, informou Cunha, por meio da sua assessoria.

Não estão confirmadas, até o momento, reuniões com o governador Paulo Dantas (MDB) e nem com o prefeito JHC (PL).