Política

Adeilson Bezerra quer reconstruir partido

Solidariedade em Alagoas se opõe à gestão do prefeito de Maceió, JHC, e fortalece aliança com o governo de Paulo Dantas

Por Emanuelle Vanderlei – colaboradora com Tribuna Independente 03/05/2023 09h25
Adeilson Bezerra quer reconstruir partido
Adeilson Bezerra defende reconstrução da legenda com candidaturas nas eleições municipais e em 2026 - Foto: Adailson Calheiros/Arquivo

A junção entre PROS e Solidariedade começa a desenhar novos atores para as eleições de 2024 em Alagoas. Conhecido por suas articulações políticas, Adeilson Bezerra chega à presidência do Solidariedade prometendo reconstrução do partido e uma chapa competitiva para os municípios.

“Certamente é uma reconstrução, eu diria que é quase um trabalho do zero. Há muito tempo que o Solidariedade estava aqui em Alagoas sem fazer vereador, sem fazer deputado. O partido realmente não existia. Primeiro, a gente tem que fazer o dever de casa fazendo vereadores e prefeitos, pelo menos nas 12 principais cidades do Estado de Alagoas, nós temos de tentar ter candidato majoritário e ter uma chapa de vereador. Nas principais cidades nós temos que fazer vereadores, porque isso vai dar capilaridade para o enfrentamento de 2026”, projeta o novo presidente em contato com a reportagem da Tribuna Independente.

A aliança estabelecida com o MDB define oposição ao grupo de JHC (PL), prefeito de Maceió, e aponta um primeiro nome do partido para a disputa. “Nós estamos na base de acordo com o governador Paulo Dantas, então via de consequência já somos oposição ao prefeito local. Quem vai assumir a presidência de Maceió será o professor Gustavo Pessoa. Vamos agora afunilar o processo e ele é pré-candidato a vereador”.

Na leitura de Bezerra, as mudanças na lei eleitoral dificultaram a participação nas eleições. “Afunilou muito o processo eleitoral, me parece que só tem uns 13 partidos políticos aptos a participar do processo com acesso a tempo de TV. Esse processo não foi muito à frente agora, mas ele vai enxugar mais ainda, eu acredito que para 2026, que é a eleição deputado federal e governador, vamos ficar no máximo aí entre 8 e 10 partidos políticos aptos”.

Para sobreviver a esse cenário, uma federação já está no horizonte. “O próprio partido nosso fala muito em federação mais na frente com o PSB e o PDT do Ronaldo Lessa. Os líderes nacionais conversam muito nesse sentido. Mas para essa eleição [2024] não vai haver Federação municipal, então a gente vai fazer o partido bem competitivo aqui em Alagoas”.

A atual situação já foi uma adaptação. “Essa junção foi para ultrapassar a cláusula de barreira para que o partido possa ter acesso ao guia eleitoral. Essa semana é uma semana de análise de reunião, a tendência nossa é estarmos em todos os municípios de Alagoas”.

Além de Gustavo Pessoa, ele diz que o partido já tem vários nomes para lançar, mas mantém a cautela ao divulgar. “Já fizemos uma reunião semana passada, aos poucos a gente vai soltando alguns nomes, conversamos muito com o Lobão também. Porque realmente está cedo, aí os candidatos sofrem muito assédio partidário. Aí a gente vai aos poucos. O importante é que a gente já tem uma experiência consolidada aqui em Alagoas. Vamos nos juntar com outros companheiros e engrossar um pouco o quadro eleitoral. E vamos trabalhar para fazer vereador aqui na capital para que em 2026 possamos ter uma chapa competitiva de deputado federal”.