Política
Galba: “CPI pode prender responsáveis”
Deputado estadual cobra que Braskem explique terraplanagem nos bairros e defende, novamente, abertura de CPI na Assembleia Legislativa

Após um pronunciamento na Assembleia Legislativa do Estado (ALE), em que levantou suspeitas, com base em informações lidas na imprensa e constatações in loco, de que a empresa Braskem estaria loteando a área condenada nos bairros de Maceió, o parlamentar reforça que a mineradora precisa se explicar ao Poder Legislativo sobre as obras que estão ocorrendo na região.
Em entrevista à reportagem da Tribuna Independente, na última quarta-feira (15), Galba Novaes também confirma a intenção de que uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), seja instalada na Assembleia Legislativa. No ano passado, o parlamentar tentou, sem êxito, dar início à CPI, no entanto quer concentrar esforços nesta legislatura para que a Comissão seja instaurada e vai buscar nove assinaturas dos deputados, número suficiente para que a presidência da ALE possa instalar a CPI.
“É a única possibilidade de termos uma solução para o maior crime ambiental em área urbana do mundo, porque a CPI tem poder de prisão. A partir da CPI, com a tomada de informações, podemos chegar a um denominador comum. Quem mentir, passar informação errada, pode ser preso. Se não comparecer, acionamos a polícia e é por isso que eu acredito que somente uma CPI irá solucionar esse absurdo”, informou o parlamentar em entrevista à Tribuna.
O deputado afirmou que já solicitou o desarquivamento da CPI da Braskem e, caso não possa ser desarquivada, uma nova CPI será aberta. “Irei colher novas assinaturas e vamos dar início às investigações”, disse.
TERRAPLANAGEM
Ao ter conhecimento de obras que estão ocorrendo nos bairros afetados por conta da mineração de responsabilidade da Braskem, o parlamentar ressaltou, em contato com a Tribuna, que esteve no último final de semana na região, e acabou constatando uma série de situações, a exemplo de terraplanagem e concretagem.
“Entrei na rua do Colégio Bom Conselho [Em Bebedouro], e fui até o Bom Parto. Fui parando e conversando com as pessoas, fazendo algumas pesquisas. Então, eu vi essa terraplanagem, uma estrutura física bonita. Não sou técnico e nem especialista, mas se as pessoas deixaram suas casas porque o solo estava afundando, porque essas grandes máquinas agora trabalhando nesse mesmo solo, antes do preenchimento das minas de sal-gema?”, questiona o parlamentar.
Galba Novaes se refere ao trabalho que está sendo realizado no Mutange que, de acordo com a Braskem, foi uma exigência da Prefeitura de Maceió. “Ora, o solo não está afundando? Não sou especialista, mas, é assim que se resolve o problema? Como explicar para as pessoas que saíram correndo de suas casas com medo que desabassem que agora grandes máquinas trabalham na terraplanagem daquele solo? Não dá para entender. Qual a explicação? Convoquei audiência pública para que a Braskem se explicasse, mas nenhum representante da empresa compareceu à Assembleia Legislativa do Estado no ano passado. Vamos reiterar essa cobrança. A Braskem terá que ir ao legislativo se explicar”, afirma Galba.
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