Política
Deputado estadual é a favor da federação entre PP e UB
Mesaque Padilha, que está em seu primeiro mandato na Assembleia, elogia proposta, que também é articulada por Arthur Lira

A federação entre o PP e o União Brasil (UB) tem esbarrado em resistências locais para se concretizar, mas ocorrendo, surgiria o grupamento com maior número de parlamentares na Câmara dos Deputados, com 115 membros. O PL, maior partido atualmente, tem 99; e a Federação Brasil da Esperança (PT/PcdoB/PV) tem 81 deputados. Em Alagoas, a Tribuna Independente procurou parlamentares das duas legendas para falar sobre o tema, mas somente o deputado estadual Mesaque Padilha (União Brasil) se pronunciou e favorável à junção das siglas.
Através de sua assessoria, o parlamentar afirmou que “recebe com entusiasmo a possível federação entre os partidos PP e União Brasil, desde que não venha ferir os princípios defendidos pelo parlamentar como família, liberdade religiosa e o bem-estar dos Alagoanos. A união pode representar um fortalecimento do sistema eleitoral”.
Já a assessoria do deputado estadual Leonam Pinheiro (União Brasil) disse que o parlamentar não deve se manifestar sobre o assunto por enquanto e que a assessoria jurídica do mandato entende que esse tema dever ser abordado pelo presidente da sigla.
Em Alagoas, o União Brasil deve ser presidido pelo deputado federal Alfredo Gaspar, segundo noticiado em janeiro deste ano. A Tribuna o procurou, através de sua assessoria, mas não houve resposta até o fechamento desta edição.
Outros parlamentares de ambas as siglas também foram procurados, mas não responderam à reportagem até o fechamento desta edição.
FEDERAÇÃO
A federação partidária, quando formada, impõe aos partidos que a compõe que atuem como legenda única nos parlamentos e em processos eleitorais por quatro anos. Ou seja, os partidos seguem existindo, atuando e deliberando internamente, mas para a Justiça Eleitoral e para as casas legislativas – Câmara dos Deputados, Senado, assembleias legislativas e câmaras municipais –, o que conta é a federação.
Daí, a dificuldade porque em alguns estados e municípios, por exemplo, PP e União Brasil possuem lideranças que disputam o poder político entre si, são adversários. E uma vez formada a federação, estes terão de atuar juntos.
Isso significa também que as federações precisarão ter órgãos dirigentes, o que colocaria um grupo tendo de responder a outro, a depender da ocupação de espaços locais.
Por exemplo, se um dos partidos tiver o governador, este tem preferência para presidir a federação naquele estado.
Um dos maiores entusiastas da ideia é o deputado federal Arthur Lira (PP), presidente da Câmara dos Deputados. O motivo para isso é óbvio, seu poder político no Congresso Nacional aumentaria significativamente, uma vez que além de comandar um grupo suprapartidário no parlamento, ele lideraria a maior “legenda” na Câmara dos Deputados.
PÓS-FECHAMENTO
O deputado federal Fábio Costa (PP), através de sua assessoria, respondeu à reportagem da Tribuna Independente após o fechamento da edição desta quarta-feira (8). "Cada sigla partidária tem um estatuto, uma ideologia, uma história. Pontos que convergem e que divergem, mas todos são somados para a fazer funcionar a engrenagem do nosso sistema político em vigor. A reforma política de 2017 fez com que os partidos se reinventassem, permitindo, por exemplo, a criação das federações, que já são uma realidade. Se há conexão de ideias, considero absolutamente natural as discussões internas visando às futuras composições".
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