Política
Coordenadora de Rodrigo Cunha pagou por campanha ilegal contra Paulo Dantas
Reportagem teve acesso a boletim de ocorrência e Pix de Pauline Pereira para operador colar cartazes ilegais

A coordenadora-geral da campanha de Rodrigo Cunha (UB), Pauline Pereira, fez um Pix de R$ 400 para que o aplicador de propaganda José Malaquias de Souza Filho espalhasse, na madrugada da terça-feira (25), cartazes ofensivos contra o governador Paulo Dantas. Após denúncia anônima, a Polícia Militar abordou o homem, que confessou o crime eleitoral e entregou as provas da contratação irregular, que amplia o número de casos de baixarias nestas eleições.
BOLETIM DE OCORRÊNCIA
No Boletim de Ocorrência (BO), registrado no 67º Distrito Policial, José Malaquias já havia colado 33 cartazes a mando da coordenadora da campanha do senador Rodrigo Cunha. Com ele, num furgão cheio de adesivos de Rodrigo Cunha e do candidato derrotado ao Senado, Davi Davino Filho, foram encontradas também nove faixas de lona com ofensas ao governador.
Este tipo de propaganda política não é aceito pela legislação eleitoral e foi devidamente apreendido.
No celular de José Malaquias a Polícia encontrou diálogos com um homem identificado como Pedro Vieira, que seria o interlocutor de Pauline. Pedro acerta os valores para o serviço sujo, pega dados bancários, e orienta o endereço onde deve ser aplicada a propaganda caluniosa.
Em seguida, ele envia um comprovante do pagamento para Malaquias. No documento, está o nome da responsável por pagar o crime eleitoral: Pauline F. P. Albuquerque.
A ex-prefeita de Campo Alegre se chama Pauline de Fátima Pereira de Albuquerque, é a principal coordenadora da campanha de Rodrigo Cunha e prima do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP), líder do grupo político que comanda a campanha do União Brasil em Alagoas. Pauline já foi condenada por fraude em licitação da merenda escolar do município de Teotônio Vilela, quando era secretária de Finanças.
O irmão dela Joãozinho Pereira também foi condenado nesta ação. Ambos recorrem desta condenação.



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