Política

Bolsonaro: 'O que torna mulher tão forte quanto homem é arma na cintura dela'

Em visita a Porto Velho, presidenciável disse que, se eleito, vai acabar 'historinha de querer dar porrada em mulher'

Por G1 31/08/2018 22h51
Bolsonaro: 'O que torna mulher tão forte quanto homem é arma na cintura dela'
Reprodução - Foto: Assessoria
O candidato do PSL à Presidência, Jair Bolsonaro, afirmou nesta sexta-feira (31), em Porto Velho, que o que torna a mulher "tão forte" como um homem é "uma arma na cintura dela". O capitão do Exército disse que, se ele vencer a disputa presidencial, vai condecorar as policiais do sexo feminino que matarem criminosos. Bolsonaro desembarcou no início da tarde desta sexta em Porto Velho para cumprir agenda eleitoral. Ele foi recebido no Aeroporto Internacional Jorge Teixeira por dezenas de apoiadores, que o ergueram nos ombros aos gritos de "mito". "O que torna mulher tão forte quanto homem é arma na cintura dela. Essa historinha de querer dar porrada em mulher vai acabar. As nossas policiais civis e militares, PRF e PF, agentes penitenciários, guardas municipais, vocês serão reconhecidas. Trocou tiro com vagabundo, o vagabundo morreu, você tem que ser condecorada", declarou o presidenciável em um de seus compromissos eleitorais na capital de Rondônia. "Na lei, vagabundo que não respeita tem que estar no cemitério ou na cadeia", complementou. Bolsonaro tem defendido durante a campanha eleitoral proteção jurídica e condecoração por "ato de bravura" a policiais e cidadãos que reagirem a assaltos. A proposta tem sido criticada por adversários do presidenciável do PSL na corrida pelo Palácio do Planalto. Em Porto Velho, Bolsonaro fez carreata pelas ruas da cidade e visitou a Praça Estrada de Ferro Madeira Mamoré, principal ponto turístico da capital rondoniense. Proteção ambiental Em entrevista à Rede Amazônica – afiliada da TV Globo em Rondônia – , Bolsonaro defendeu a exploração da Amazônia pelo agronegócio e criticou a fiscalização ambiental de órgãos públicos na região. Questionado por repórteres sobre o desmatamento na região amazônica, o candidato do PSL disse que os órgãos ambientais estão intensificando demais a fiscalização. Jair Bolsonaro declarou ainda que o "excesso" de áreas protegidas no Brasil, como reservas indígenas e parques nacionais, "atrapalham" o desenvolvimento do país. "O Brasil não suporta ter mais de 50% do território demarcado como terras indígenas, juntamente com áreas de preservação ambiental, com parques nacionais. E essas reservas todas atrapalham o desenvolvimento. O presidenciável afirmou que o Brasil é o país com mais áreas ambientais protegidas por lei. Segundo ele, outros países conseguem "preservar" o meio ambiente com menos áreas de preservação ambiental. Diante de agricultores e pecuaristas, ele voltou a prometer, se eleito, fundir os ministérios do Meio Ambiente e da Agricultura. "Se quer uma licença, por exemplo, até para derrubar uma árvore que já morreu leva 10 anos. Se quer fazer uma pequena central hidrelétrica, é quase impossível. Não podem continuar admitindo uma fiscalização xiita por parte do ICMBio e do Ibama, prejudicando quem quer produzir", disse Bolsonaro.