Política
Questões envolvendo ideologia de gênero geram debate em plenário da ALE/AL
Para Bruno Toledo a escola não é um espaço de doutrinação, mas um ambiente onde se deve, sobretudo, discutir o respeito ao ser humano
“Nós podemos divergir ou concordar com algum tema, mas temos que respeitar o que manda a legislação”, observou Toledo. “A partir do momento que nos deparamos com escolas estaduais permitindo que materiais dessa natureza sejam fixados, estamos admitindo que instituições públicas possam infringir o que foi determinado por esta Casa. Isso é muito grave”, avalia o parlamentar.
Para Bruno Toledo a escola não é um espaço de doutrinação, mas um ambiente onde se deve, sobretudo, discutir o respeito ao ser humano, independente de gênero ou crenças. “Me preocupa uma instituição pública permitir que seja fixado um material como esse sem que se tome uma providência”, criticou Toledo, apresentando cópia do cartaz que disse ter recebido em sua rede social e estaria afixado na Escola Estadual Professor Theonilo Gama, no Jacintinho. O deputado solicitou à Comissão de Educação para que tome ciência e busque esclarecimentos sobre a situação.
Em aparte, os deputados Edval Gaia Filho (PSDB), Gilvan Barros Filho (PSDB), Ricardo Nezinho (PMDB), Sérgio Toledo (PSC) e a deputada Jó Pereira (PMDB) se posicionaram sobre o assunto. “Gostaria de dizer que concordo plenamente com o deputado Bruno Toledo. Essa questão eu tinha como resolvida. Muitas vezes algumas pessoas não querem respeitar nem as instituições nem as leis, mas estamos aqui vigilantes para que as leis possam ser cumpridas”, disse Gaia.
Ao se associar ao pronunciamento de Bruno Toledo, Gilvan Filho disse querer acreditar que esse seja um fato isolado. “Mas que ele tem que ser combatido para que não seja generalizado. Se está acontecendo em apenas uma escola, vamos tomar as providências”, disse o parlamentar.
Já o deputado Ricardo Nezinho defendeu o Governo do Estado, destacou as melhorias que Secretaria de Educação vem implementando na rede estadual de ensino e que o fato pode não ser de conhecimento do Executivo. “É de se analisar, e tenho certeza, após tantos debates sobre ideologia de gênero, que isso jamais irá acontecer no ensino do Estado de Alagoas, porque a gente tem que estar focado na ciência, na educação e na matemática”, declarou Nezinho.
Por outro lado, a deputada Jó Pereira ponderou que, apesar da questão ter sido abolida do PEE, a discussão pode sim acontecer. “O PEE traça metas e estratégias, ele não proíbe. Nós abolimos aqui, por maioria, a palavra gênero do PEE. Mas não é uma regra, não é uma lei que traga uma conduta que enseje em punição”, observou a parlamentar.
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