Política
Ministro do TCU será testemunha de defesa de Lula na Lava Jato
José Múcio Monteiro Filho e outras três pessoas serão ouvidas por Moro. Quarta-feira terá audiência também no processo sobre Palocci e Odebrecht.
O juiz federal Sérgio Moro retoma, nesta quarta-feira (15), as audiências em que ouve depoimentos de testemunhas em um processo envolvendo o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Cinco pessoas devem falar. Entre elas, está o ministro do Tribunal de Contas da União (TCU), José Múcio Monteiro Filho, e o ex-ministro do Turismo, Walfrido dos Mares Guia. Todos foram arrolados no processo pela defesa do ex-presidente.
O senador Renan Calheiros (PMDB-AL) também deveria prestar depoimento nesta quarta-feira, como testemunha de defesa de Lula. No entanto, os advogados do ex-presidente preferiram pedir a Moro que dispensasse o senador, o que foi aceito pelo juiz.
Esta quarta-feira marca o fim dos depoimentos de testemunhas neste processo. Na ação penal movida pelo Ministério Público Federal (MPF), os procuradores acusam Lula de ter recebido vantagens indevidas da construtora OAS, por meio de um apartamento tríplex, no Guarujá, litoral paulista, e também pelo pagamento que a empresa fez à transportadora Granero, para que ela cuidasse do acervo do ex-presidente. Todos os envolvidos negam as acusações.
No dia 20 de abril deste ano, o processo será retomado, para que Moro comece a ouvir os depoimentos dos réus. Os primeiros a depor serão José Aldemário Pinheiro Filho, conhecido como Léo Pinheiro e dono da OAS, e Agenor Franklin Magalhãoes Medeiros, ex-executivo da empreiteira.
Lula será o último réu a falar, no dia 3 de maio. O depoimento dele, assim como dos demais réus, vai ocorrer em Curitiba, diante do juiz Sérgio Moro. Será a primeira vez que os dois ficam frente a frente. Além desta ação penal, Lula é réu em outro processo da Lava Jato, em Curitiba.
Processo de PalocciTambém nesta quarta-feira, Moro ouvirá outras seis testemunhas na ação penal em que o ex-ministro Antônio Palocci é acusado de ter recebido dinheiro da construtora Odebrecht, para que, supostamente, facilitasse a assinatura de um contrato da empresa com a Petrobras.
Todas as testemunhas desta quarta-feira foram arroladas pelo ex-diretor da Petrobras Renato Duque, que também figura na lista de réus, junto com outras 13 pessoas.
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