Política

Luiz Otávio lidera frente pela competitividade das empresas

Presidente do Movimento Alagoas Competitiva, Luiz Otávio Gomes é responsável por um novo modelo de gestão no Estado

Por Especial para Tribuna 18/02/2017 13h20
Luiz Otávio lidera frente pela competitividade das empresas
Reprodução - Foto: Assessoria

Face do Modelo de Excelência da Gestão (MEG) no serviço público há alguns anos, fazendo Alagoas inovar e se destacar no cenário nacional, Luiz Otavio Gomes agora está do outro lado da mesa. Como presidente do Movimento Alagoas Competitiva (MAC), ele agora é responsável pela disseminação desse modelo de gestão no estado como representante oficial da Fundação Nacional da Qualidade (FNQ) em Alagoas. Ao lado dessa experiência e da consolidação do MAC no estado, o que inclui resultados extremamente positivos no Prêmio de Competitividade para Micro e Pequenas Empresas – MPE Brasil, Luiz Otavio pretende investir suas forças nos próximos dois anos, tempo de seu mandato, para impulsionar a atuação da instituição junto a parceiros estratégicos de forma a “inocular o vírus da competitividade” nas organizações públicas e privadas alagoanas. Confira abaixo outras propostas e projetos do enérgico presidente do Movimento Alagoas Competitiva.

Tribuna Independente - O que podemos esperar do planejamento estraté- gico do MAC sob a presidência do senhor?

Luiz Otávio Gomes - Temos um planejamento para quatro anos, com uma execu- ção para dois anos. Nele, nós já mostramos que algumas coisas precisavam ser mudadas, como por exemplo, a missão do MAC, porque antes era somente focada na questão do MEG e nós queremos mais do que isso. Também estamos trabalhando muito com o Movimento Brasil Competitivo (MBC), que tem uma visão mais ampla do estado brasileiro e cujo objetivo número um, hoje, é exatamente a reforma do estado brasileiro.

Tribuna Independente - Qual é essa nova missão do MAC sob Luiz Otavio Gomes?

Luiz Otávio Gomes - Sempre digo que cada gestão é uma gestão diferente. Encontrei o MAC já consolidado e meu papel agora é ampliar sua atuação. É por isso que, além do MEG, também vamos trabalhar outras áreas do estado. Porque nós temos que fazer com que todas as organizações sejam competitivas entre si, para viabilizar o estado de Alagoas, mas também que elas possam ser competitivas perante o mercado regional, nacional e internacional. Com isso, estamos criando algumas linhas de atuação no desenvolvimento do turismo, da saúde e de educação do estado.

Tribuna Independente - Que outras ações Alagoas pode esperar do MAC neste biênio?

Luiz Otávio Gomes - Sempre procuro seguir os passos de Jorge Gerdau, presidente do Conselho Superior do Movimento Brasil Competitivo. Ao invés de cuidar apenas do MEG, nós vamos, principalmente, trabalhar as empresas públicas, as empresas privadas e os órgãos governamentais, para que todos possam ser efetivamente competitivos, prestando um serviço diferenciado para o seu cliente, que é o cidadão. Esse é um diferencial que estamos implantando dentro do MAC. Nós queremos inocular o vírus da competitividade em todas as organizações alagoanas.

Tribuna Independente - Há três anos consecutivos o MAC volta de Brasília com vitórias na etapa nacional do Prêmio MPE Brasil. Como o senhor espera trabalhar o MAC para continuar destacando as empresas alagoanas?

Luiz Otávio Gomes - Esse é um trabalho em conjunto, para isso temos um parceiro de primeira hora que é o Sebrae, além do Governo do Estado – através da Secretaria de Desenvolvimento Econômico e do Turismo (Sedetur), da Secretaria da Fazenda (Sefaz), da Secretaria do Planejamento e da Gestão Pública (Seplag) e da Secretaria do Gabinete Civil, que são as quatro secretarias que trabalhamos no dia a dia – e mais as federações alagoanas, todas elas sendo coordenadas pela Federação das Indústrias do Estado de Alagoas (Fiea). Essa parceria é que faz com que essas empresas alagoanas se tornem competitivas e tragam esses prêmios nacionais a cada ano que disputam. O empresário não pode ficar satisfeito se o produto dele é três, quatro, cinco anos seguidos o número 1. Ele precisa inovar, senão, no ano seguinte, ele passa a ser o número 2.

Tribuna Independente - Alagoas ficou em 26º lugar em um ranking de competitividade. O senhor vai aceitar o desafio de fazer com que o estado suba mais posições?

Luiz Otávio Gomes - Na verdade, éramos o 27º, colocando o Distrito Federal no meio, como publicado na Revista Veja. Tenho dúvida com relação a esse tipo de metodologia. Ela tem 12 indicadores nos quais você precisa ter sucesso, ou pelo menos em algum deles. Você tem tópicos no que diz respeito à questão da segurança pública, à mortalidade – x mortes por 100 mil habitantes – educação, saúde, então você tem que estar bem em vários deles. Ficar em 1º lugar não significa que consiga 100%, porque nenhum estado do Brasil atende 100% a esse número de indicadores. O que nós precisamos fazer é apoiar o governo, o indutor disso tudo. Dentro do nosso planejamento estratégico, colocamos a nossa visão baseada nisso, para que Alagoas, nos próximos quatro anos, consiga chegar pelo menos ao 18º lugar, o que representa que nós subimos um terço da classificação.

Tribuna Independente - Várias empresas do interior do estado participam dos prêmios MPE Brasil e PEQ/AL, apontando bons resultados, mas às vezes elas se sentem preteridas em relação às ações, que acontecem mais na capital. O senhor tem algum planejamento voltado para o interior?

Luiz Otávio Gomes - Sim. É muito importante que a gente consiga fazer o que chamamos a competitividade intra, ou seja, dentro. Não podemos somente focar a capital, e aí vou lhe dar um exemplo: Arapiraca tem sido um sucesso, tem inclusive uma empresa vencedora do Prêmio MPE Brasil [a Análise Contábil, na categoria Serviços do ciclo 2014]. É impossível levarmos esse nosso trabalho para os 102 municípios em somente dois anos de mandato, mas vamos escolher polos. Arapiraca é um polo, Penedo, Maragogi, Santana do Ipanema, União dos Palmares e assim por diante. Queremos ver dez ou doze polos onde possamos levar exatamente o MEG para que façamos encontros, cursos, seminários e mais do que isso. Já estou tratando com a diretoria do Sebrae para que possamos relacionar umas cem empresas alagoanas em todo estado para capacitá- -las, e sejam, a partir daí, um fomento e um exemplo para que outras procurem fazer a mesma coisa.

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