Política

Assembleia Legislativa do Estado vai cortar alimentos denecessários

Contratação de buffet não foi homologada por inconsistências, mas continha camarão, picanha e até rosquinha húngara

Por Tribuna Independente 12/01/2017 10h17
Assembleia Legislativa do Estado vai cortar alimentos denecessários
Reprodução - Foto: Assessoria

A Assembleia Legislativa do Estado (ALE) abriu, no final do ano passado, sessão pública para registro de preços de serviços de  buffet para eventos da Casa durante um ano. Esta semana, houve um questionamento iniciado na imprensa nacional acerca da futura contratação dos serviços e prontamente, o Poder Legislativo vai repensar o que deve constar na lista das refeições para solenidades em 2017.

A reportagem da Tribuna Independente tentou contatos com o presidente da Assembleia Legislativa do Estado, deputado Luiz Dantas (PMDB), porém, não houve êxito. Já o primeiro secretário da Mesa Diretora, deputado Isnaldo Bulhões (PDT), resumiu que o serviço gastronômico não foi contratado devido a inconsistências. “Já foi tudo esclarecido. O pregão não foi homologado porque houve equívocos”, complementou o parlamentar, que ao fim da ligação justificou não poder falar mais a respeito do contrato porque está em férias.

Ainda ontem, a Assembleia Legislativa do Estado divulgou um comunicado à imprensa e destacou a necessidade de refazer a consulta pública e excluir da lista os itens considerados supérfluos e que jamais foram requisitados pela atual gestão.

“A ALE nunca requisitou esses itens destacados pela imprensa nacional. Por isso, o contrato não prosperou e a adesão ocorrerá nos limites do que vem sendo praticado, de maneira austera”, explicou Isnaldo Bulhões, que assinou a nota que consta no site da Assembleia Legislativa.

No primeiro semestre de 2014, a própria Assembleia Legislativa através de um parecer da Comissão de Constituição, Justiça e Redação, assinado pelo deputado Ricardo Nezinho (PMDB), vetou a contratação de uma empresa encarregada de fornecer refeições via contrato com o Ministério Público Estadual (MPE).

À época, os parlamentares condenaram o fornecimento de alimentos que no relatório de Ricardo Nezinho era classificado de “regabofe”, a exemplo de filé de siri com quinua e crocante de maracujá; mini quiche de camarão; canapé de provolone com damasco, entre outras guloseimas apenas como entrada.

O cardápio tão criticado e vetado pelos deputados pouco difere do que o Poder Legislativo iria desfrutar.

Entre os aperitivos para almoços, jantares e coquetéis, constavam lagosta, coquetel de camarão com uvas, picanha na chapa e casquinha de siri. Já para o café da manhã seria oferecido um sortido cesto de pães, ao todo oito tipos – francês, brioche, leite, integral, doce, italiano, sírio e pão de batata com queijo -, além de frios, petit four, pão de queijo, biscoito, rosquinha húngara, croissant, casadinho e, ainda, tortas.