Política
Em assembleia, professores da Ufal decidem entrar em greve contra a PEC 55
Decisão teve 130 votos a favor, 5 contra e 6 abstenções; objetivo é barrar aprovação da PEC
Foi aprovada em assembleia no auditório do Centro de Interesse Comunitário no início da tarde desta segunda-feira (28) a greve dos docentes da Universidade Federal de Alagoas (Ufal). Eles aderem ao movimento que luta contra a aprovação da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 55, antiga 241, e a reforma do Ensino Médio. Foram 130 votos a favor, cinco contra e seis abstenções. O objetivo maior é barrar a aprovação da PEC que será votada em primeiro turno nesta terça-feira (29) em Brasília. A paralisação é por tempo indeterminado e será iniciada efetivamente na quinta-feira (1º).
O vice-presidente da Associação dos Docentes da Universidade Federal de Alagoas, professor Ricardo Coelho, afirmou à reportagem do Tribuna Hoje que o grande objetivo é fortalecer a mobilização nacional e conseguir que a PEC não seja aprovada. “Nosso objetivo é tentar barrar dentro do Congresso Nacional a aprovação da PEC 55. Entendemos que a PEC vai sucatear as universidades públicas e o serviço público de modo geral, porque vai reduzir demais os recursos destinados às universidades”, disse.
Ricardo falou também que várias caravanas estão indo para acompanhar e reforçar a luta em Brasília. “Amanhã vai ser votado em primeiro turno no Senado e está tendo uma mobilização nacional, tem estudantes e professores que já estão se deslocando pra Brasília. Aqui de Alagoas já saíram três ônibus e a previsão é que até o segundo turno dia 13 nós tenhamos uma grande mobilização nacional para derrotar a questão da aprovação dessa PEC”, pontuou o vice-presidente da Adufal.
A assembleia define ainda os últimos detalhes do calendário durante a greve. O que já está certo é a realização de assembleias semanais nas segundas-feiras. Nesses encontros as reformas do governo federal serão debatidas.
“Que dentro dessas assembleias a gente faça o debate sobre as reformas propostas pelo governo Temer, reforma da previdência, reforma do trabalho, reforma do serviço público, afetados pela PEC 55, a ideia é fazer uma greve de debates, de mobilização, participação dos professores, assim como apoiar as ocupações em curso dos estudantes tanto universitários como secundaristas”, finalizou Ricardo Coelho.
Assembleia dos docentes da Ufal (Foto: Ascom / Adufal)
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