Política
Após impeachment, Kátia Born relata golpe para retirá-la da presidência do PSB
Presidente estadual do partido denunciou que JHC quer lhe retirar do cargo
“Quem quer crescer rápido, cai rápido”, disse a presidente do diretório estadual do PSB, Kátia Born se referindo ao deputado federal JHC (PSB) que recentemente tentou assumir a presidência do partido em Alagoas.
De acordo com ela, a atitude adotada pelo parlamentar seria um golpe contra o partido. “Eu não tenho dúvida, até porque na história dele, ele não construiu um partido, ele estava no Solidariedade, estava no PHS, PSB, então ele não é de construir partido e um partido você precisa construir com respeito e confiança e não com golpe”, analisou.
Ainda que o PSB tenha sido uma das legendas que apoiou o impeachment, considerada por setores políticos da esquerda um “golpe parlamentar”, Kátia Born afirmou que defendeu as eleições diretas, assim como deve acontecer internamente no PSB que hoje vive essa crise interna.
“Eu defendia eleição direta, o país estava dividido e hoje o PSB tem uma divisão interna, por isso, eu sou a favor das eleições lá em setembro”, argumentou.
Na última quinta-feira (24), Katia Born se reuniu com os prefeitos e vice-prefeitos eleitos para ouvir o posicionamento deles. A decisão foi favorável à permanência dela como presidente. “O partido está fazendo uma carta, um apelo a nacional. Os militantes já publicaram uma carta também de apoio a mim”, revelou.
Kátia, que garantiu ter uma boa relação com o parlamentar durante o processo eleitoral, comentou que ficou surpresa com a atitude do deputado depois das eleições. “Não estou brigando pela presidência do partido, estou discutindo a forma como foi conduzida e eu quero proteger aqueles que fazem a base do partido para que mais na frente, não serem perseguidos, destituídos”, pontuou.
De acordo com a presidente, o deputado JHC já procurou o presidente nacional do partido afirmando que se não assumisse a presidência, ele deixaria o partido. Ela por sua vez, afirmou que se ele assumir a presidência quem deixa a legenda é ela. “Nesses 31 anos que estou no partido é a primeira vez que me deparo com uma situação dessa. Será muito difícil eu permanecer no partido sendo presidida por uma pessoa que não respeita as bases”, lamentou. A nacional por sua vez quer buscar o entendimento entre as partes.
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