Política
“Uso de passagem não era disciplinado”, afirma José Thomaz Nonô
De acordo com ele, todos os parlamentares davam passagens até porque não constava nada que disciplinasse o uso dessa cota
O secretário de Saúde de Maceió, Thomaz Nonô entrou em contato com a reportagem da Tribuna Independente e apresentou a sua versão sobre o indiciamento do processo da ‘Máfia das Passagens’.
Ele que está há 11 anos afastado do parlamento garantiu que em sua época não existia regra quanto à utilização dessas passagens.
“A gente recebia uma cota e poderia usar de forma como quisesse. Não havia restrição”, garantiu.
De acordo com ele, todos os parlamentares davam passagens até porque não constava nada que disciplinasse o uso dessa cota.
“Eu mesmo dei muitas passagens para prefeitos, era uma cota mensal e se o deputado ultrapasse o valor complementava em dinheiro. Não me preocupo, não tenho receio algum. Isso era rotineiro para todos os deputados”, pontuou.
Nonô disse ainda que se for analisar as suas viagens verá muitas para Suíça porque ele presidiu a União Interparlamentar e ao menos três vezes ao ano ele fazia essa viagem internacional.
“Não existe farra das passagens, não houve irregularidade porque não exista regra. A mudança só aconteceu depois”, criticou.
O secretário de Saúde junto ao prefeito de Coruripe, Joaquim Beltrão (PMDB), o prefeito afastado de Marechal Deodoro Cristiano Matheus (PMDB) e o deputado estadual Olavo
Calheiros (PMDB) aparecem na lista dos 443 ex-parlamentares indiciados pelo Ministério Público Federal no caso da “Farra das Passagens”.
Os ex-parlamentares são acusados pela prática de crime de peculato (desvio de dinheiro público feito por funcionários públicos).
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