Polícia

Invasores fingem ser policiais, arrastam homem e o matam com cerca de 20 disparos

polícia solicita que qualquer informação sobre os suspeitos — como placa ou características do veículo usado na fuga, seja repassada pelo Disque Denúncia 181, mantendo sigilo

Por Redação 10/12/2025 08h14 - Atualizado em 10/12/2025 16h13
Invasores fingem ser policiais, arrastam homem e o matam com cerca de 20 disparos
Corpo foi removido pelo IML - Foto: Ilustração

Na noite desta terça-feira (9), um homem foi executado com aproximadamente 20 tiros após ter sua casa invadida por três indivíduos encapuzados que se identificaram como policiais. O crime ocorreu no Centro do município de Pilar, na Região Metropolitana de Maceió. A vítima foi arrancada de dentro de casa, arrastada até a rua e morta em via pública. 

Como ocorreu o crime


De acordo com o boletim de ocorrência, os suspeitos derrubaram a porta, invadiram o imóvel, onde estavam a vítima, sua esposa e um filho, e anunciaram falso cumprimento de mandado. A mulher, com o filho nos braços, foi forçada a sair. Pouco depois, ouviram os disparos. Testemunhas afirmam que os invasores disseram “é ele” ao reconhecer a vítima antes de executar os tiros.

Após o ataque, os autores fugiram em um veículo estacionado nas proximidades. Quando a guarnição da Polícia Militar chegou ao local, a vítima já estava morta — com tiros no crânio, abdômen e membros. Foram acionados o Instituto de Criminalística, o Instituto Médico Legal e a Delegacia de Homicídios, que iniciaram a perícia e coleta de evidências.

Quem era a vítima e motivações encontradas pela polícia


Fontes policiais preliminares apontam que o homem assassinado teria ligação com o crime organizado — mais precisamente com o Primeiro Comando da Capital (PCC).  A hipótese é de que o atentado seja um acerto de contas ou execução ligada a disputas internas da facção. Até o momento, não foram divulgados mandados de prisão ou identificação dos autores. 

O assassinato reacende debates sobre a recorrência de crimes cometidos por falsos policiais, modalidade que já havia sido registrada em episódios semelhantes no município. 

Repercussão e resposta das autoridades


A execução aconteceu poucas horas depois de outro homicídio com características semelhantes na região, o que levou a Secretaria de Segurança Pública de Alagoas (SSP-AL) a ordenar reforço no patrulhamento no Pilar e áreas adjacentes. 

A Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa está à frente das investigações. A polícia solicita que qualquer informação sobre os suspeitos, como placa ou características do veículo usado na fuga, seja repassada pelo Disque Denúncia 181, mantendo sigilo.