Polícia
"Ela era luz": amigos lamentam feminicídio de enfermeira em Maceió
Ketyni Maria, de 30 anos, era enfermeira obstetra e mãe dedicada. Amigos ressaltam sua força, coragem e trajetória de superação
A enfermeira Ketyni Maria Gomes da Silva, de 30 anos, era conhecida por sua dedicação, força e brilho no olhar. Mãe de dois filhos, profissional apaixonada pelo que fazia e símbolo de superação para quem a conhecia de perto, Ketyni teve sua vida brutalmente interrompida neste sábado (11), em mais um caso de feminicídio que choca e entristece Alagoas.
Amigos de profissão prestaram homenagens nas redes sociais, lamentando a perda e exaltando sua história. "Ketyni era algo raro, era brilho no olhar. Era o brilho de quem quer crescer com honestidade, com esforço, com vontade de aprender e servir", diz um dos trechos do vídeo publicado pelo Instituto Larissa Tabosa, onde ela atuava como enfermeira obstetra e doula.
Em outra postagem comovente, a fundadora do Instituto relembrou a trajetória da colega.
"Quando nasceu o Instituto, o nome dela me veio logo à mente. Honrou cada dia que esteve ao nosso lado: com lealdade, carinho, estudo e competência. A enfermagem perde, as mulheres perdem, a sociedade perde. Perde-se uma mulher de luz, um exemplo de superação, coragem e ternura", escreveu Larissa Tabosa.
Segundo ela, Ketyni era mãe desde jovem, mas jamais deixou que isso limitasse seus sonhos. Cresceu profissionalmente e pessoalmente, sempre com zelo pelos filhos e pacientes.
O crime
Ketyni foi morta por asfixia na casa onde morava, no bairro São Jorge, em Maceió. O autor do crime é o ex-marido, Jeferson, que não aceitava o fim do relacionamento. Ele se apresentou à polícia horas depois e confessou o assassinato.
De acordo com informações repassadas pelas autoridades, durante a perícia no corpo da vítima foram encontrados indícios de violência sexual, o que pode indicar que Jeferson tentou forçá-la a manter relações antes de matá-la, sufocando-a com um travesseiro.
O caso segue sob investigação como feminicídio e possivelmente estupro. A sociedade clama por justiça, enquanto familiares, amigos e colegas de trabalho se despedem de uma mulher que representava coragem, dedicação e empatia — valores que agora se tornam memória.
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