Polícia
Corregedoria investigará truculência de policiais militares do BPTran
Policiais militares agiram assim contra advogado e jornalista durante blitz noturna ocorrida na região do Vergel do Lago
A Corregedoria da Polícia Militar de Alagoas anunciou a abertura de um processo administrativo para apurar denúncias de truculência cometida por policiais militares do Batalhão de Policiamento de Trânsito (BPTran) contra um advogado e um jornalista. A denúncia foi formalizada na sexta-feira (20) pela Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Alagoas (OAB/AL) e pelo Sindicato dos Jornalistas de Alagoas (Sindjornal).
De acordo com a denúncia, o incidente ocorreu na noite da última terça-feira (17), por volta das 21h, durante uma blitz no cruzamento da Rua Balbino Lopes com a Avenida Monte Castelo, no bairro Vergel do Lago, em Maceió. Ambos estavam a caminho de casa, na parte alta da cidade, após realizarem atividades profissionais.
Relato das vítimas
As vítimas relataram que, ao serem abordadas, os policiais chegaram apontando armas e questionando sobre a existência de armas e drogas no veículo. Mesmo após se identificarem com suas credenciais de advogado e jornalista, os militares desdenharam das profissões, afirmando que “advogados e jornalistas não eram nada”.
O relato detalha que os dois foram conduzidos de forma truculenta para o lado do carro, obrigados a ficar de frente para uma parede com as mãos na cabeça, enquanto o veículo era revistado. Durante a abordagem, o advogado solicitou acompanhar a revista no interior do carro, mas os policiais se negaram, permitindo o acesso apenas após a conclusão da revista.
O jornalista também relatou ter sido coagido ao final da abordagem, com um dos policiais afirmando: “Você quase levou um tiro porque abriu a porta do carro sem eu mandar.”
Fatos estranhos na abordagem
As vítimas questionaram o motivo da abordagem e o excesso de truculência, ao que um dos policiais respondeu que se tratava de um “bairro perigoso”. Apesar de se tratar de uma blitz, em nenhum momento foi solicitado qualquer documento pessoal ou do veículo, o que chamou ainda mais atenção para a conduta dos policiais.
Providências
A Corregedoria da PM informou que o caso será investigado para identificar os policiais envolvidos. O resultado da apuração será encaminhado ao Comando Geral da corporação, que deverá decidir sobre a abertura de um inquérito administrativo para apurar as responsabilidades.
A OAB/AL e o Sindjornal destacaram que acompanharão o caso de perto para garantir que os responsáveis sejam devidamente punidos e que situações semelhantes não se repitam. Ambos reforçaram a necessidade de respeito aos direitos de advogados e jornalistas, especialmente no exercício de suas funções.
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