Polícia
Polícia já indiciou 50 pessoas por maus-tratos a animais

Mais de 50 pessoas foram indiciadas por maus-tratos a animais somente neste ano, em Maceió, segundo o delegado Robervaldo Davino, titular da Delegacia de Crimes Ambientais e Proteção Animal. “Tem muitos casos, estamos com diversos inquéritos em andamento, várias pessoas já foram responsabilizadas, mais de 50 já foram indiciadas”, afirmou.
Na última quinta-feira (28), foi instaurado um inquérito para apurar denúncias de maus-tratos a animais em um abrigo no bairro da Santa Amélia. Cerca de 250 animais vivem no abrigo e foram flagrados em situação precária de cuidados. Todos estão sendo atendidos por equipes de veterinários e também sendo vacinados e alimentados.
Em companhia de representantes de diversos órgãos estaduais e municipais, o delegado esteve no local, após receber várias denúncias da ocorrência de irregularidades, inclusive da Ordem dos Advogados do Brasil seccional Alagoas (OAB/AL).
Os cães foram encontrados em desordem entre a área externa e interna do local e alguns apresentavam sinais de doença. Ossadas de animais também foram encontradas no local e a polícia suspeita de canibalismo entre os cães.
De acordo com Davino, os animais não foram retirados do abrigo e nem serão retirados porque não tem lugar para levá-los. “O abrigo foi interditado para receber animais. Os que estão lá só podem sair, mas, infelizmente, o Estado e Município não têm onde colocá-los. A proprietária do abrigo vai continuar cuidando porque recebe dinheiro para isso e os funcionários vão continuar trabalhando”, explicou.
Ainda segundo o delegado, a proprietária vai ser responsabilizada criminalmente. “O inquérito está em andamento e ela vai ser responsabilizada criminalmente pelos maus-tratos, descarte ilegal, fome que os animais passam, não ter licença do IMA para funcionar, uma série de coisas. E a punição é de dois a cinco anos de reclusão”, disse.
A operação contou com a participação do Instituto do Meio Ambiente (IMA), da Vigilância Sanitária, Vigilância e Controle de Zoonoses, do Conselho de Veterinária e do Batalhão de Policiamento Ambiental.
O delegado explica que todas as denúncias de maus-tratos que chegam ao conhecimento daquela unidade policial são investigadas. “Temos uma equipe de policiais que se dedica ao trabalho e, assim, conseguimos resgatar animais que estão sofrendo e, muitas vezes, encaminhá-los para locais onde são recuperados”, concluiu.
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