Polícia
Sindapen diz que morte de reeducando no Cadeião ocorreu por briga de facções
Procedimento Administrativo Disciplinar foi aberto para apurar as causas e circunstâncias
A Secretaria da Ressocialização e Inclusão Social (Seris) informou que, na manhã desta segunda-feira (28), o reeducando Carlos Júnior dos Santos, de 19 anos, veio a óbito na Unidade Prisional Casa de Custódia da Capital, conhecida como Cadeião, localizada no Complexo Penitenciário, em Maceió. O interno estava no Módulo 2, cela 18 e era acusado por homicídio. O Sindapen atribui o caso a mais um capítulo da disputa entre facções.
Profissionais do Instituto de Criminalística e Instituto Médico Legal (IML) estiveram na Casa de Custódia para realizar a remoção do corpo e a perícia do local. A direção do Cadeião abriu um Procedimento Administrativo Disciplinar e aguarda o laudo do IML para identificar as causas e circunstâncias que resultaram no óbito de Carlos Júnior dos Santos.
A cela 18 da Casa de Custódia está isolada e a Polícia Civil está trabalhando na investigação. A unidade continua operando com todos os seus serviços. A Secretaria da Ressocialização está adotando todas as providências no sentido de garantir assistência aos familiares de Carlos Júnior dos Santos. O fato foi comunicado para as autoridades do Poder Judiciário.
Sindapen informa que reeducando foi morto durante discurso de governador
De acordo com o Sindicato dos Agentes Penitenciários de Alagoas (Sindapen-AL), enquanto o governador Renan Filho discursava na solenidade de construção do Centro de Telepresença no sistema prisional, o reeducando Carlos Júnior dos Santos foi morto.
O sindicato também afirmou que Carlos foi um dos seis reeducandos que seriam mortos no Cadeião por conta de mais um capítulo de guerra entre facções. Os cinco restantes conseguiram gritar e os agentes penitenciários atuaram para evitar os outros crimes.
A morte, com requintes de crueldade, ocorreu com a cabeça do reeducando sendo arrancada e colocada dentro da barriga dele. Segundo o Sindapen, os seis reeducandos ‘marcados para morrer’ seriam de uma facção rival à qual os seis pertencem. Os rivais ordenaram a morte dos seis que estavam detidos no Cadeião. As mortes ocorreriam por causa do aniversário da facção que ordenou os crimes.
O Sindapen chegou a informar que o crime cometido por Carlos Júnior dos Santos seria roubo, enquanto a Seris fala em homicídio.
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