Documentos publicados nesta sexta-feira (11) pela Administração de Serviços Gerais dos EUA, mostram que a Trump Organization, da qual Trump se desvinculou administrativamente depois de assumir a Presidência, esperava perdas de pouco mais de US$ 2 milhões nos primeiros quatro meses deste ano. Mas o hotel, que virou um centro de lobby, conseguiu lucrar US$ 1,97 milhão.

Grande parte do sucesso de hotel, inaugurado por Trump em outubro de 2016, em plena campanha eleitoral, se deve ao fato do estabelecimento ter conseguido elevar as tarifas dos quartos em 57% a mais da média do previsto. O preço médio de uma noite no requisitado Trump International Hotel é de US$ 653, o que o torna o hotel mais caro da capital americana.

"Estamos muito orgulhosos com o sucesso do projeto", assegurou ao jornal The Washington Post Eric Trump, filho do presidente que, junto com o seu irmão Donald Jr., opera a empresa após a saída do seu pai da gestão dos negócios em janeiro.

O estabelecimento, situado perto da Casa Branca, se tornou um centro de poder em Washington, ao ser escolhido por dignatários e diplomatas estrangeiros e organizações conservadoras ou cristãs para realizar encontros ou eventos. O hotel prometeu doar ao Departamento do Tesouro americano todo o dinheiro depositado por governos estrangeiros, para evitar problemas com as leis de ética e influência estrangeira.

No entanto, a oposição democrata no Congresso criticou o governo, que é o arrendador do edifício, pelo que consideram uma grave falta de ética e de independência dos interesses econômicos.