Mundo
Milhares de pessoas iniciam manifestação pacífica contra G20 em Hamburgo
Nesta sexta-feira, manifestação contra G20 acabou em confronto. Cerca de 6 mil pessoas já tinham se concentrado em uma praça da cidade neste sábado
Milhares de manifestantes se reuniram neste sábado (8) em Hamburgo, na Alemanha, para iniciar um protesto pacífico contra a Cúpula do G20 que se encerra hoje, após os violentos distúrbios ocorridos desde quinta-feira em vários pontos da cidade.
Cerca de 6 mil pessoas, segundo a polícia, já tinham se concentrado em uma praça da cidade pela manhã, aproximadamente uma hora antes do horário combinado para o início da ação.
O propósito dos organizadores, entre os quais se encontram grupos esquerdistas, ecopacifistas, o movimento ATTAC (Associação pela Tributação das Transações Financeiras para Ajuda aos Cidadãos), coletivos de imigrantes e da comunidade LGBT, entre muitos outros, é partir em manifestação em direção ao centro de congressos onde acontece a cúpula.
A concentração se iniciou em tom festivo, entre grupos de mulheres curdas dançando, bandeiras do arco-íris, grupos de imigrantes turcos denunciando as violações à liberdade de imprensa no país de origem e cartazes de rejeição ao G20, com caricaturas de seus líderes.
O lema dos organizadores é "Solidariedade sem fronteiras em vez de G20" e pretende ser a resposta pacífica aos distúrbios desencadeados durante duas noites consecutivas nos bairros de St. Pauli e Altona.
Violência
Cerca de 1,5 mil manifestantes violentos participaram dos distúrbios ocorridos até esta madrugada na região conhecida como Schanzenviertel, onde se encontra a casa ocupada pelo coletivo antissistema "Rote Flora".
As forças de segurança se viram por alguns momentos "surpreendidas" pela situação, que o porta-voz da polícia local, Timo Zill, considerou "extremadamente agressiva".
Integrantes do batalhão especial antidistúrbios avançaram pelas ruas dessa região, a cerca de 300 metros do centro de congressos da Cúpula do G20, após dispersar os manifestantes violentos com canhões de água e força dos policiais.
Estima-se que cerca de 500 jovens participaram de diversos saques a estabelecimentos comerciais, depredações e ataques aos policiais, muitos deles armados com barras de ferro, enquanto levantavam barricadas em chamas.
O coletivo "Rote Flora" foi o organizador da manifestação da esquerda radical "Welcome to hell", na quinta-feira, quando se originaram os primeiros distúrbios violentos.
A cúpula das potências mundiais termina neste sábado com debates sobre o desenvolvimento da África, as causas da imigração, a luta contra as pandemias e o apoio às mulheres empreendedoras em países em desenvolvimento.
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