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Cientistas descobrem "primo mais velho" de dinossauros

Fósseis da criatura carnívora chamada Teleocrater rhadinus foram encontrados no sul da Tanzânia

Por G1 12/04/2017 14h23
Cientistas descobrem 'primo mais velho' de dinossauros
Reprodução - Foto: Assessoria

Há muitos anos os pesquisadores buscam entender como eram os parentes mais antigos dos dinossauros. Alguns acreditavam que eram como minidinossauros, do tamanho de uma galinha, e que também andavam sobre duas pernas.

Uma descoberta de paleontologistas do Instituto Politécnico da Universidade Nacional da Virgínia, nos EUA, traz evidências que contrariam essa ideia. O estudo, publicado pela revista “Nature” nesta quarta-feira (12), relata que fósseis de uma criatura até então desconhecida, chamada de Teleocrater rhadinus, foram encontrados no sul da Tanzânia.

Com certa de 3 metros de comprimento, o “primo antigo” dos dinossauros viveu há cerca de 245 milhões de anos, de acordo com os cientistas. Ele tinha cauda e pescoço longos. Em vez de andar sobre duas pernas, ele caminhava sobre quatro patas, no estilo dos crocodilos de hoje.

Desenho de como é a estrutura óssea do Teleocrater rhadinus (Foto: Natural History Museum, London, artwork by Mark Witton)

Segundo a universidade, a descoberta preenche uma lacuna nos registros fósseis. O Teleocrater rhadinus viveu no período Triássico, antes da existência dos dinossauros. Ele aparece logo depois do surgimento dos arcossauros -- criatura que também influenciou os dinossauros e, depois, os pássaros e crocodilos.

“A descoberta do Teleocrater muda fundamentalmente as nossas ideias sobre a história antiga dos parentes dos dinossauros”, disse Sterling Nesbitt, um dos autores.

“Esta pesquisa esclarece a distribuição e a diversidade dos antepassados dos crocodilos, pássaros e dinossauros”, diz Judy Skog, diretora da Divisão de Ciências da Terra da National Science Foundation. “E indica que a origem dos dinossauros deveria ser reexaminada agora que sabemos mais sobre a história e traços desses primeiros ancestrais”, completou.

A equipe deverá voltar ao sul da Tanzânia em maio deste ano para buscar possíveis novos fósseis. Eles também continuarão a analisar os ossos do Teleocrater no local de escavação.