Mundo
Trump afirma em rede social que Obamacare "explodirá"
Presidente não teve apoio de todos os republicanos em votação
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, voltou a atacar, neste sábado (25), o sistema de saúde herdado de seu antecessor, Barack Obama. Ele afirmou, no Twitter, que o Obamacare "explodirá".
"O Obamacare explodirá e nós vamos nos unir e construir uma grande lei de saúde para as pessoas. Não se preocupem!", escreveu na rede social.
Nesta sexta-feira (24), o presidente sofreu uma dura derrota com a retirada da sua proposta de reforma do sistema de saúde que acabaria com o Obamacare- ele não conseguiu os votos necessários para aprová-lo.
Após o fracasso de sexta-feira, Trump já havia dito em um pronunciamento no Salão Oval da Casa Branca que o Obamacre iria explodir. "Será um ano muito ruim para o Obamacare", disse. "Foi uma experiência que levará a uma lei de saúde ainda melhor", disse. Ele afirmou estar "decepcionado" e "um pouco surpreso", mas evitou atacar os legisladores do seu partido pela retirada do projeto e culpou a minoria democrata.
Também observou que vai virar a página e se concentrar em seu próximo projeto: uma reforma tributária que levaria a uma redução dos impostos.
Trump assumiu a presidência prometendo aplicar suas qualidades como negociador, adquiridas ao longo de sua carreira empresarial, para conseguir a aprovação de seus projetos de governo.
Em apenas nove semanas no cargo, o magnata foi forçado a recuar em duas ocasiões, após o bloqueio da justiça de seus decretos migratórios e a derrota de sexta-feira.
AdiamentoNa quinta-feira, a liderança republicana já teve que adiar a votação que estava prevista por não conseguir um consenso dentro de sua própria bancada e não contar com os votos suficientes para aprovar a legislação.
Após esse primeiro revés, Trump deu um ultimato aos republicanos, exigiu que convocassem uma votação para sexta apesar da falta de acordo e assegurou que não estaria disposto a prolongar mais as negociações. Assim caso perdesse, estaria disposto a deixar em andamento o Obamacare.
Um dos problemas enfrentados por Trump para conseguir a aprovação foi o Freedom Caucus (Bancada da Liberdade), grupo ultraconservador de legisladores que criou dificuldades para um acordo porque quer menos regulamentações e que os cidadãos sejam capazes de escolher quais os cuidados médicos serão cobertos por seus planos de saúde.
Entenda o que estava em jogo
Criada em 2010, a lei conhecida como Obamacare ampliou o acesso universal à saúde, mas aumentou os preços de planos para quem não recebe assistência do governo. A lei tem várias regras, como a proibição de que planos de saúde aumentem preços com base no histórico do paciente ou neguem cobertura a doentes graves. Em troca, o Obamacare exige que todo americano ou estrangeiro que vive nos EUA tenha um plano de saúde. Trump considera o Obamacare muito caro e coercitivo. Derrubar a lei e substituí-la foi uma importante promessa de sua campanha. Uma nova lei proposta pelos republicanos manteria subsídios do governo a alguns setores da população, mas os montantes seriam menores. E a reforma tiraria a multa a quem não tiver plano de saúde. Grupos mais conservadores do Partido Republicano não aceitam nenhum tipo de subsídio, por isso, desaprovavam a proposta de Trump. Estima-se que o atual plano republicano pode deixar 14 milhões sem seguro saúde em um ano.Mais lidas
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