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"Imigração é privilégio, não um direito", diz Trump após encontro com Merkel

Presidente disse que os dois países vão "continuar trabalhando juntos para proteger nosso povo do terrorismo radical islâmico e derrotar o Estado Islâmico"

Por G1 17/03/2017 15h36
'Imigração é privilégio, não um direito', diz Trump após encontro com Merkel
Reprodução - Foto: Assessoria

"A imigração é um privilégio, não um direito, e a segurança de nossos cidadãos deve sempre vir primeiro", disse o presidente dos EUA Donald Trump em entrevista coletiva após um encontro com a chanceler da Alemanha, Angela Merkel, na Casa Branca nesta sexta-feira (17) .

O presidente disse que os dois países vão "continuar trabalhando juntos para proteger nosso povo do terrorismo radical islâmico e derrotar o Estado Islâmico". Ele elogiou as contribuições civis e militares da Alemanha na coalização contra o EI e disse que os dois países concordam que "a segurança da imigração significa segurança nacional".

Trump disse que a conversa entre os dois foi produtiva e incluiu temas relacionados à geração de empregos e ao financiamento da Otan. Ele afirmou que dá “forte apoio à Otan”, mas que é necessário que todos os países membros “paguem sua parte justa”. “Muitas nações devem vastas quantidades de dinheiro [à Otan], e isso é muito injusto com os Estados Unidos. Essas nações devem pagar o que devem”, disse.

O presidente americano ainda elogiou os esforços de seu governo e do presidente francês para buscar uma solução pacífica para a Ucrânia.

Essa foi a primeira reunião dos dois. Merkel pretendia se reunir com Trump na terça-feira passada, mas teve que adiar sua visita devido às nevascas na costa leste dos EUA. Ela chegou à Casa Branca pouco depois das 11h30 (12h30 de Brasília).

Trump a recebeu na porta da ala oeste da Casa Branca, onde se encontra seu escritório, e ambos se deram as mãos e sorriram para as câmeras antes de entrar na mansão presidencial.

Ambos tinham previsto falar a sós durante 15 minutos e realizar depois um encontro com suas delegações durante outros 45 minutos, seguido de uma reunião com empresários de EUA e Alemanha.

A relação entre Trump e Merkel foi fria até agora: antes de chegar ao poder em janeiro, o novo presidente dos Estados Unidos acusou a líder alemã de ter cometido "um erro catastrófico" com sua política de refugiados, enquanto ela criticou o veto migratório imposto pelo americano e suspenso por um juiz federal.

A reunião desta sexta-feira permitirá a ambos líderes ter um primeiro contato pessoal do qual não devem se esperar grandes revelações quanto a conteúdos, segundo a chancelaria alemã, já que estes serão definidos na rodada de cúpulas multilaterais dos próximos meses - da Otan, do G7 e do G20.