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Diretor do FBI não está tentando influenciar eleição, diz Casa Branca

Obama divulgou declaração oficial sobre abertura de investigação

Por Reuters / G1 31/10/2016 15h36
Diretor do FBI não está tentando influenciar eleição, diz Casa Branca
Reprodução - Foto: Assessoria

O presidente norte-americano, Barack Obama, acredita que o diretor do FBI, James Comey, é um homem íntegro e não está tentando influenciar a eleição presidencial dos Estados Unidos ao anunciar uma investigação sobre e-mails adicionais ligados a um servidor privado da candidata democrata, Hillary Clinton, disse a Casa Branca nesta segunda-feira (31).

O porta-voz da Casa Branca, Josh Earnest, disse também que ele não tem "conhecimento independente" de como Comey chegou a sua decisão de tornar pública a investigação do FBI sobre os emails ou "quais fatores foram considerados" em sua decisão de discutir esse assunto publicamente.

Na última sexta-feira (28), o FBI disse que voltaria a investigar e-mails da candidata democrata Hillary Clinton.

Comey afirmou que a agência iria investigar novos e-mails que surgiram com relação ao uso de um servidor privado por Hillary quando ocupava o cargo de Secretária de Estado.

Segundo a imprensa americana, os e-mails foram descobertos em um computador de Anthony Weiner, ex-deputado e ex-marido da assessora da candidata democrata Huma Abedin. Fontes de investigação disseram ao "Washington Post" e ao "New York Times" que os e-mails em questão pertenciam a Abedin. Os investigadores examinavam mensagens ilícitas trocadas por Weiner com uma adolescente de 15 anos.

Investigação

Em 2015, agentes do FBI analisaram dezenas de milhares de e-mails do Departamento de Estado e entrevistaram os principais assessores de Clinton – e, finalmente, a própria Hillary.

A investigação começou depois que uma auditoria interna realizada pelo Departamento de Estado criticou o uso de um servidor privado de e-mails por parte de Hillary, incluindo mensagens de natureza reservada, quando estava à frente da diplomacia americana.

O relatório de 83 páginas analisou as práticas de comunicações e de arquivamento de documentos desde Madeleine Albraight (1997-2001), mas é particularmente duro com a decisão de Clinton (2009-2013) de manter seus e-mails em um servidor privado.

Em julho deste ano, Comey anunciou que não recomendava apresentar acusações contra a então pré-candidata democrata, embora tenha afirmado que ela foi "extremamente descuidada" no uso de seus e-mails pessoais em correspondências oficiais durante o período em que foi secretária de Estado.