Interior
Júri de ex-prefeito começa com depoimentos emocionantes sobre morte de corretor
Leopoldo Pedrosa é acusado de encomendar morte de Gerson Gomes Vieira, em 2015
O ex-prefeito de Maribondo, Leopoldo César Amorim Pedrosa, enfrenta nesta quarta-feira (26) júri popular no Fórum de Marechal Deodoro, na Região Metropolitana de Maceió, acusado de participação no assassinato do corretor Gerson Gomes Vieira, ocorrido em 2015.
Segundo o processo, Gerson intermediou a venda de um imóvel avaliado em R$ 800 mil, pela qual teria direito a uma comissão de R$ 40 mil. O pagamento, entretanto, não foi efetuado, e, após cobranças insistentes, Leopoldo teria ordenado a morte do corretor. O corpo de Gerson foi encontrado dias depois em um canavial, já em estado de decomposição. O ex-prefeito responde por homicídio duplamente qualificado.
O júri começou com o depoimento do irmão da vítima, que afirmou conhecer o histórico de Leopoldo, incluindo passagens por tráfico de drogas, cheques sem fundo e outras prisões. Uma testemunha chamou atenção ao relatar que, imediatamente após o homicídio, a vítima teria se desconectado de todas as redes sociais.
O filho da vítima, Murilo Souto, também prestou depoimento, contando que o pai havia sofrido ameaças do réu relacionadas a uma dívida de compra de imóvel. Segundo ele, Leopoldo chegou a prometer parte de uma franquia do Galeto São Luiz como pagamento, mas a vítima não recebeu nada. O corpo de Gerson foi encontrado cerca de 15 dias após seu desaparecimento. Murilo emocionou-se no tribunal, descrevendo o sofrimento da família diante da violência do crime.
Outra testemunha, Rosineide de Oliveira Vasconcelos, ex-sogra de Leopoldo, relatou episódios de violência e conflitos com o ex-prefeito, mas minimizou alguns detalhes de forma inesperada durante seu depoimento.
Leopoldo negou todas as acusações, afirmando que mantinha amizade com a vítima e que Gerson teria sido ameaçado por outro corretor de imóveis, chamado Fernando. Ele ainda declarou que, mesmo com o processo, sua família conseguiu eleger sua mãe prefeita de Maribondo, buscando demonstrar inocência.
O réu conta com cinco advogados, que impediram imagens de frente durante o julgamento. Ao longo do processo, a defesa tenta direcionar a responsabilidade do crime para terceiros, mas o promotor Adriano Jorge e o assistente de acusação, Jesus Del, conduzem o interrogatório das testemunhas.
Leopoldo possui histórico policial, incluindo acusações de tráfico de drogas, violência doméstica e crimes de trânsito, como dirigir embriagado e falsificação de documentos, reforçando a complexidade do caso que agora segue sendo analisado pelo júri.
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