Interior
Especialista alerta que o balneário do Pontal do Peba está desaparecendo com o avanço do mar
O alerta é do engenheiro Marco Lyra, especialista em proteção costeira e recuperação de praias

A erosão extrema, que colocou o Pontal do Peba numa dramática situação ambiental, onde o mar avança mais de 4 metros por ano, aumentou com as mudanças climáticas, com o aumento do nível do mar e com as ressacas de marés meteorológicas, com registro de ondas de até 3 metros. Com o déficit de sedimentos, a praia não se reabastece e vai recuando frente ao avanço do mar. O cenário existente no Pontal do Peba está cheio de escombros, o mar continua avançando e deixando um rastro de destruição.
O alerta é do engenheiro Marco Lyra, especialista em proteção costeira e recuperação de praias. Segundo ele, "é preciso ação para controlar o avanço do mar no Pontal do Peba, caso nada seja feito, a população, num futuro próximo, terá que ir embora, como ocorreu com os moradores do Povoado Cabeço".
Mas essa situação no balneário vem acontecendo há mais de três décadas, quando a foz do rio São Francisco começou a sofrer com o avanço do mar no local. Os barramentos ao longo do rio, antes navegável, contribuíram para redução do fluxo de areia que abastecem as praias no litoral.
"A redução do volume de água corrente do rio São Francisco, a intrusão de águas do Oceano Atlântico na sua calha é cada vez maior, e seus efeitos já ocorrem a dezenas de quilômetros da foz. Algumas cidades e pequenos povoados da região que captavam as águas do rio para o abastecimento de suas populações estão sofrendo com os altos níveis de salinização das águas", disse o engenheiro.
Na verdade, o enfraquecimento do rio São Francisco está resultando num forte processo erosivo contra a costa na região da sua foz. O povoado de Cabeço, que pertencia ao município de Brejo Grande, e que ficava ao lado da foz foi, literalmente, varrido do mapa pelo avanço do mar. Até 1997, Cabeço tinha aproximadamente 300 moradores, a maioria pescadores, contando com perto de 50 casas, uma igreja e uma escola. Os moradores do Povoado Cabeço, foram obrigados a abandonar suas casas por conta do avanço do mar.
"Essa triste realidade já está acontecendo no Pontal do Peba, e quanto mais tempo passar, a situação vai piorar. É preciso que os gestores olhem para esse drama das cidades à beira-mar urgente e tomem medidas para tentar, pelo menos, diminuir essa ação destruidora do avanço do mar", alerta o especialista.
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