Maria Anunciada da Silva, 55 anos, residente em Recife, capital pernambucana, ainda busca por informações que possam levar até a sua família biológica, que ela não tem notícias desde que sua mãe lhe entregou na porta de casa para um homem que passou pedindo água na zona rural de Colônia Leopoldina, no interior de Alagoas.

A dona de conta que na época que foi doada tinha apenas seis anos e se recorda de pouca coisa sobre sua família. Anunciada lembra apenas que sua mãe era conhecida por Nina e morava no engenho ou povoado conhecido como Limão ou Limbão. Além disso, a mulher afirma que sua mãe trabalhava para um homem chamado Aristides.

A mulher diz que o homem para quem foi doado se chama Amaro, mas ele perdeu a memória e atualmente vive em situação e rua em Palmares, também em Pernambuco. Na época, Amaro teria lhe entregue a uma família da cidade que lhe criou. “Não sei nem se meu nome é o mesmo de batismo, nem sei minha idade direito, pois essa família me registrou”, conta.

“Faz anos que procuro por minha mãe, mas nada de encontrar. Eu não tenho muitas informações, mas me lembro que o apelido dela era Nina. Isso lembro bem, Nina Maria da Silva. Mas não sei se tive irmãos e nem nome do meu pai’’, finaliza Anunciada.

Para a reportagem do Portal Tribuna Hoje, Maria Anunciada contou que atualmente mora com os filhos e até bisnetos. “Moro aqui em Recife, pertinho de Alagoas com meus filhos, tenho três e sou avó de seis netos, inclusive já tenho um bisneto”, falou a mulher agradecendo a reportagem por conta sua história. “Quando soube que vocês iriam me ajudar comecei a chorar, uma conterrânea de Alagoas, a Maria que me ajudou a chegar até vocês. Meu maior sonho é reencontrar a minha mãe, se encontrar por ela eu nem sei como agradecer, que Deus te abençoe e pague por essa boa ação. Obrigada mesmo meu filho’’, finalizou.

Quem tiver informações que possam auxiliar Maria Anunciada encontrar sua família pode entrar em contato pelo telefone: 81 9125-5339.