Interior

Alagoanos que estavam em situação análoga à escravidão no ES devem chegar a Penedo à meia-noite

Van que transportava trabalhadores quebrou em Estância-SE, e veículo de Penedo está indo buscá-los

Por Tribuna Hoje 16/05/2024 14h45 - Atualizado em 16/05/2024 18h41
Alagoanos que estavam em situação análoga à escravidão no ES devem chegar a Penedo à meia-noite
Os penedenses estão vindo de ônibus, e a viagem está sendo monitorada pelo Ministério Público do Trabalho em Alagoas (MPT/AL) - Foto: Reprodução

Os 12 alagoanos que estavam há 14 dias em uma fazenda de café na cidade de Brejetuba, no interior do Espírito Santo, em situação análoga á escravidão, devem chegar a Penedo, cidade de origem do grupo, à meia-noite desta sexta-feira (17).

Os penedenses estavam vindo de ônibus, e a viagem está sendo monitorada pelo Ministério Público do Trabalho em Alagoas (MPT/AL), que acionou a Polícia Federal (PF) e o MPT do ES.

Atualização

De acordo com a superintendência de Trabalho e Emprego de Alagoas, a van que transportava os alagoanos quebrou na cidade de Estância, no estado de Sergipe. O veículo havia sido fretado pelo fazendeiro.

Como resultado dessa situação, um veículo da prefeitura de Penedo está a caminho do local para recolher essas pessoas e levá-las até o município. Portanto, a previsão de chegada foi alterada para meia-noite.

O superintendente do Trabalho e Emprego de Alagoas está a caminho de Penedo.

Situação degradante

Os trabalhadores estavam trabalhando sem carteira assinada e além disso, ao chegar na fazenda, o contratante informou que os mesmos teriam que pagar pelas ferramentas de trabalho, e o dinheiro da passagem saindo de Alagoas até a fazenda também seria descontado do que eles ganhassem.

Fora tudo isso, a alimentação também seria paga por eles, o que acabou gerando uma dívida de quase R$ 11 mil. No entanto, os trabalhadores informaram que não tinha café para colher, então a dívida iria só aumentar.

A cozinheira Wagna Silva, 43 anos, que denunciou a situação em vídeo nas redes sociais, é a única mulher do grupo e foi para o Espírito Santo, com o filho, o genro, dois sobrinhos e outros sete conterrâneos.

A trabalhadora disse que todos estão animados em voltar para casa e para suas famílias. "Se não acontecer nenhum imprevisto, chegamos em Penedo hoje umas 7 horas da noite", conta.