Interior

Muro divide opinião entre dono de condomínio e população

Moradores chegaram a fechar a rodovia para protestar contra a construção do muro, que bloqueou o acesso à praia

Por Claudio Bulgarelli com Tribuna Independente 01/11/2018 08h43
Muro divide opinião entre dono de condomínio e população
Reprodução - Foto: Assessoria
O muro construído numa estrada centenária de acesso à praia para isolar o Condomínio dos Milagres e que, segundo moradores, está fora do projeto inicialmente apresentado, divide as opiniões entre os cidadãos do município e o dono do empreendimento desde o dia em que o projeto foi lançado, cinco anos atrás. O proprietário é o empresário Gaspar de Almeida Carvalho, de Maceió, dono da construtora Resulta. Semana passada os moradores chegaram a fechar a rodovia para protestar contra a construção do muro, que bloqueou o acesso à praia. Moradores dizem que vão denunciar o problema ao Ministério Público Estadual (MPE) e a Secretaria de Patrimônio da União (SPU). Eles alegam que a estrada em questão é centenária e que realmente permite o acesso à praia de boa parte da população que reside no povoado Palhano. O proprietário, por sua vez, afirma que o muro estava previsto no projeto, totalmente legalizado. Em nota, o empresário afirmou que a contra partida para benefício da comunidade está sendo executada antecipadamente. Ele se refere a construção de novos pontos de apoio para os restaurantes, estacionamento na avenida da praia, estaleiro para recuperação de barcos, guichê de vendas de bilhetes para passeios as piscinas naturais e espaço para a associação de jangadeiros. O projeto nasceu para que as barracas que servem de restaurantes e bares da orla urbana de São Miguel dos Milagres, muitas ocupada a mais de 20 anos, fossem retiradas do local, que fica em frente ao condomínio. Ele alegou que as barracas, todas irregulares, devem ser retiradas assim que o centro de turismo for entregue ao município, já que todas elas foram notificadas pelo IMA e pela SPU. Por outro lado os moradores e, sobretudo, os usuários da servidão, dizem que são cientes dessa obrigatoriedade. A questão agora é a construção do muro, que dividiu todo o terreno da paia em dois e proibiu o acesso à praia por uma das três entradas que existem.