Interior
Semarh participa de criação de reserva para proteger Mata Atlântica
Espécies ameaçadas de extinção estão sendo reintroduzidas na fauna que está situada em uma área privada
A proteção dos recursos naturais em Alagoas recebe atenção especial do Estado ao colocar em prática um projeto relevante para a biodiversidade nos municípios de Marechal Deodoro e São Miguel dos Campos. Trata-se da criação de cinco Reservas Particulares do Patrimônio Natural (RPPN’s), que formam um mosaico de proteção ambiental no montante de 970 hectares de Mata Atlântica em áreas pertencentes às usinas Sumaúma, Caeté, Roçadinho e Grupo Luiz Jatobá.
Para consolidar este avanço na proteção ao meio ambiente, a Secretaria de Estado do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos (Semarh), participou de um ciclo de diálogos com os representantes das usinas, Ministério Público Estadual (MPE), Instituto do Meio Ambiente (IMA), Instituto Para Preservação da Mata Atlântica (IPMA) e com o Batalhão de Proteção Ambiental (BPA), em busca de proteger os mananciais que formam a bacia do Rio Niquim, responsável pelo abastecimento de água no município da Barra de São Miguel e parte de Marechal Deodoro.
De acordo com Eduardo Barreto, da Semarh, gerente de Gestão Ambiental e Clima da Semarh, foi formalizado um grupo de trabalho para tratar de requerimentos, caracterização do projeto, aspectos bióticos, estudos de fauna e flora locais e títulos de reconhecimento a serem emitidos pelo Instituto do Meio Ambiente e publicados no Diário Oficial do Estado (DOE) homologando a criação das reservas.
“Todos os agentes envolvidos concederam uma grande contribuição para a preservação de 970 hectares de Mata Atlântica na região dos municípios de Marechal Deodoro e São Miguel dos Campos. O Poder Público e as empresas foram eficazes na preservação de áreas importantes para o meio ambiente”, explicou Eduardo Barreto.
A reserva em área privada retoma uma série de benefícios para a fauna e flora da região, considera Eduardo Barreto, que participou das discussões sobre a efetivação das RPPN’s. Segundo Barreto, duas espécies ameaçadas de extinção – o mutum de Alagoas e o papagaio Curáu –, estarão sendo reintroduzidos, abrigados e protegidos.
Além destas benesses ambientais, as Reservas Particulares do Patrimônio Natural poderão ser utilizadas em atividades de cunho científico, cultural, educacional, recreativo, além de lazer e turismo sustentável.
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