Interior

Tremor é registrado no município alagoano de Porto Real do Colégio

Abalo de 3.0 de magnitude sentido na madrugada de ontem é o terceiro ocorrido na região do Baixo São Francisco em seis meses

Por Tribuna Independente 17/11/2016 09h32
Tremor é registrado no município alagoano de Porto Real do Colégio
Reprodução - Foto: Assessoria

A população de Porto Real do Colégio, região do baixo São Francisco, em Alagoas, se assustou com o tremor de terra na madrugada de quarta-feira (16). Alguns moradores relataram nas redes sociais o medo vivido. “Aqui em Colégio a terra também tremeu. Era aproximadamente 1h10min da manhã quando senti o tremor. O sinal da TV desapareceu e logo depois sentimos um barulho muito forte que vinha como se fosse de baixo da terra. Foram duas vezes em um pequeno intervalo”, disse um morador.

O tremor foi sentido por moradores de pelo menos sete municípios da região do Baixo São Francisco. Uma cidade de Alagoas e as outras seis em Sergipe.

Segundo informações do laboratório de Sismologia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), o abalo sísmico aconteceu por volta de 1h15 da madrugada. As cidades que sentiram o tremor foram Cedro de São João, Propriá, Telha, Gararu, entre outros municípios sergipanos e o alagoano Porto Real do Colégio.

A notícia sobre o tremor saiu em vários veículos de comunicação do estado de Sergipe. No município de Propriá (SE), o abalo também foi sentido. Um morador disse que ouvi um barulho forte e percebeu as paredes, janelas e portas da casa tremer por alguns segundos. “Logo após, vi que pessoas de diferentes cidades da região postaram mensagens nas redes sociais relatando que também sentiram o tremor”, descreveu o morador a um veículo de comunicação de Sergipe.

Na cidade vizinha Cedro de São João (SE), os moradores também se assustaram. Um morador disse informou à imprensa que o abalo foi forte, como se um caminhão grande estivesse passando na rua e balançasse tudo.

Este é o terceiro tremor de terra que ocorre na região nos últimos seis meses. Em 29 de junho e 28 de outubro a magnitude foi de 2.5, segundo o Laboratório de Sismologia da UFRN, que monitora a área.

Segundo o professor Eduardo Menezes, da UFRN, o tremor dessa madrugada foi um pouco mais forte, 3.0. Ele explica que essa magnitude é considerada normal, mas que é preciso fazer um levantamento porque essa região já vem tremendo desde o ano passado, embora sem danos.

Os movimentos tectônicos das rochas no subsolo, que são normais na região Nordeste, são os responsáveis pelos abalos, de acordo com o  professor.

Ele também ressalta que quando a pessoa está próximo da área onde o tremor  ocorre, elas escuta um barulho próximo ao trovão. O som estridente é da vibração do solo em contato com a atmosfera.