Esportes
Vasco tropeça, empata com o Macaé e pressão aumenta no clube
Time de Cristóvão Borges empata em 2 a 2 no primeiro jogo da Taça Rio, e torcida volta a hostilizar técnico
A situação de Cristóvão Borges é cada vez mais difícil. A tarde deste domingo, em jogo contra o limitado Macaé no Engenhão, estreia do maior reforço da temporada, Luís Fabiano, tinha tudo para ser um sopro de confiança antes da decisão de vaga na Copa do Brasil. Mas foi mais um tropeço: 2 a 2. O Vasco abriu o placar com um golaço do seu camisa 10, Nenê. Enfrentava um rival que perdeu todos os jogos na Taça Guanabara. O time da virada deixou virar e mais uma vez teve de correr atrás de um empate, como ocorreu contra o Vitória na última quarta-feira. Em vantagem, a equipe cochilou no fim do primeiro tempo, e chegou ao empate no início do segundo, com Rodrigo. De falta na entrada da área, o talento do camisa 10 quase fez a diferença, mas a trave impediu o terceiro gol. Faltou força para impedir mais um resultado ruim.
O próximo compromisso do Vasco no Campeonato Carioca é o clássico contra o Botafogo. Os clubes se reúnem nesta segunda na Ferj com a concessionária do Maracanã para confirmar a realização do jogo no local. Na quarta-feira, o clube busca seguir em frente na Copa do Brasil no Barradão, no jogo de volta contra o Vitória após o empate em 1 a 1 em São Januário. O Macaé enfrenta na próxima rodada a Portuguesa, em Moça Bonita.
Antes da partida, Cristóvão Borges comentou a estreia de Luís Fabiano, que não atua desde novembro. Disse que o atacante não está 100%, mas com muita vontade de jogar. E avisou que ficaria em campo o quanto aguentasse:
- Depende de como vai ser o jogo, da intensidade. Vai jogar até onde der.
Com o time atrás no placar, o técnico fez duas alterações no intervalo, e queimou a terceira no início do segundo tempo. E Fabuloso permaneceu os 90 minutos, teve algumas chances, e participou do segundo gol.
O técnico cruz-maltino sofreu pressão desde antes de a bola rolar no Engenhão. Cristóvão Borges já havia sido bastante hostilizado após o empate com o Vitória, pela Copa do Brasil, e voltou a ouvir palavras ofensivas antes da partida deste domingo. Foi xingado ao conceder entrevista no gramado e muito vaiado quando seu nome foi anunciado após a escalação. Durante a partida, o treinador também foi muito pressionado.
A partida começou truncada, com o Vasco lento na saída de bola e enfrentando uma Macaé bastante recuado. Jean tentou aos seis minutos, Milton Raphael defendeu sem susto. Aos nove, Luís Fabiano apareceu bem em lançamento para Kelvin, que se atrapalhou e tocou errado em seguida. Aos 13, Nenê resolveu o problema. Recebeu na área, driblou Aislan com muita facilidade e bateu forte cruzado: 1 a 0.
Por muito pouco Luís Fabiano não ampliou aos 20. De frente para Milton Raphael, tocou para o gol e viu o goleiro se esticar todo para desviar. O Macaé respondeu aos 25, quando Hudson chegou uma fração de segundo atrasado. A defesa do Vasco não se arrumou e ele mesmo empatou, entre os dois zagueiros cruz-maltinos, de cabeça: 1 a 1. Já no fim da etapa, o Vasco cochilou, e o Macaé virou. Aos 44, Marquinho, com calma, deixou Rafinha totalmente livre para completar para o gol: 1 a 2. Ronaldo ainda teria chance de ampliar, mas Martín Silva salvou os vascaínos do terceiro.
O Vasco voltou com Pikachu e Guilherme Costa nos lugares de Gilberto e Wagner. A equipe voltou disposta a partir para cima e quase empatou aos quatro minutos, quando Rodrigo, de cabeça, carimbou o travessão. Aos 11, Douglas assustou em cobrança de falta. Marquinho respondeu em chute defendido por Martín Silva. No escanteio, a zaga do Vasco novamente falhou, e Alan, livre, cabeceou para fora, com muito perigo.
Cristóvão então sacou Kelvin para a entrada de Muriqui, o que significava que Luís Fabiano ficaria em campo até o fim do jogo. E ele participou do gol de empate. Cabeceou para defesa de Milton Raphael, mas o rebote serviu para Rodrigo mandar para a rede: 2 a 2. E o time logo relaxou de novo. Pouco depois, Hudson conseguiu completar na área e Martín Silva salvou mais uma vez. Aos 31, Hudson, de novo, fez grande jogada, bateu cruzado, e a bola saiu muito perto da trave. Aos 36, falta na entrada da área, e quem mandou na trave foi Nenê. A partir daí, o Macaé conseguiu administrar o resultado. Muitas vaias e gritos de "fora" para Cristóvão Borges.
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