Esportes
Ex-Chapecoense, Apodi lamenta tragédia: "Ainda não quero acreditar"
Lateral é considerado ídolo no time catarinense e disse ter atuado com 80% das pessoas que morreram
Embora tenha voltado aos treinamentos nesta quarta-feira (30), é inegável para o elenco do Sport que está sendo difícil voltar as atenções para a última rodada do Campeonato Brasileiro. Afinal de contas, tudo ainda é muito recente. Para jogadores como Apodi, por exemplo, nem se fala. Um dos maiores ídolos recentes da Chapecoense, o lateral perdeu muitos amigos e se mostrou emocionado ao falar da tragédia. Apodi foi considerado o grande destaque da equipe no Campeonato Brasileiro do ano passado e disse ter trabalhado com 80% das pessoas que morreram. "Foi uma tristeza enorme. Até agora quero não acreditar. Eu tinha muitos amigos lá. Passei uma temporada com um grupo sensacional. Eram amigos de verdade, saíamos para jantar com as esposas, os filhos deles me adoravam", diz o jogador. Com os olhos marejados, o lateral disse se preocupar muito com os familiares dos jogadores, mas também dos jornalistas e dos funcionários do clube que se foram. "O que a gente pode falar é mandar força. Tenho certeza que mesmo com toda essa tragédia as pessoas que ficaram vão reconstruir a equipe, a cidade e as famílias", afirmou ele, que ficou sabendo do acontecido na madrugada da terça-feira, através do cunhado que mora em Chapecó. Ainda sobre a catastrofe, Apodi lembrou as grandes amizades com atletas como Ananias, ex-Sport, que o conhecia desde os tempos de base, em 2002, e Gil, considerado um irmão. E ainda acredita na recuperação de Diego, a quem chamou de guerreiro. Já em relação ao próximo jogo, no dia 11 de dezembro, o jogador rubro-negro comemorou o fato de ter tempo para esfriar a cabeça e entrar com tudo na partida. "O clima hoje não existe. Se fosse possível acho que ninguém queria mais entrar em campo. Mas é o nosso trabalho e a gente sabe que tem que ser feito. O Sport precisa entrar para ganhar e permanecer na primeira divisão. A gente vai ter que virar a chave para fazer o que tem que ser feito".
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