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O sucesso por trás da série 'Round 6', a produção sul-coreana do momento

A série tornou-se um fenômeno mundial, e elenca o primeiro lugar do Top 10 da Netflix

Por Caroline Ferreira com Todateen 05/10/2021 17h07
O sucesso por trás da série 'Round 6', a produção sul-coreana do momento
Reprodução - Foto: Assessoria
No dia 17 de setembro, a produção sul-coreana “Round 6”, com direção de Dong-hyuk Hwang, chegou ao catálogo da Netflix e, em poucos dias, tornou-se uma febre mundial. Se você não assistiu, provavelmente conhece alguém que já viu e maratonou. A história gira em torno de uma competição por sobrevivência, bem carinha de “Jogos Vorazes”. O elenco traz Jung Ho-yeon, Park Hae Soo, Wi Ha-joon e Lee Jung-jae nos papéis principais. Com nove episódios, a série, também chamada de “Squid Game” (Jogo da Lula), baseada nos livros de Julia Quinn, atingiu mais de 80 milhões de acessos em 28 dias. Ou seja, não dá para negar que a produção já é um mega sucesso. Hoje, ela está ocupa o primeiro lugar entre as dez produções mais assistidas no Brasil e, segundo o site Rotten Tomatoes, a série também está nesta posição em mais de 80 países. É claro que se você vive no Twitter, já deve ter visto que por lá a galera anda comentando – e muito – sobre o assunto, né? Abaixo separamos alguns pontos importantes para refletirmos juntas: Enredo Um grupo de pessoas sem dinheiro ou perspectiva de melhora em suas vidas recebe uma super proposta: passar por diversos jogos misteriosos com a possibilidade de ganhar uma bela grana no final. Sem muitas informações, o desafio é aceito, um vez que o valor da bolada é de 45,6 bilhões de won coreanos, ou seja mais de R$ 200 milhões. O problema é que muito além das “simples” competições infantis, há algo bem inusitado: quem perde, morre. Simples! Enquanto os participantes estão ali, colocando a vida em risco, os organizadores do jogo ficam entretidos com as cenas humilhantes. Oi, capitalismo! Logo de cara, conhecemos Seong Gi-Hun, o protagonista, interpretado por Lee Jung-jae. Um homem divorciado, cheio de dívidas, tentando recuperar a custódia de sua filha. Viciado em jogos de apostas, ele aceita participar da competição ao lado de outras 464 outras pessoas que também fazem de tudo por dinheiro. “Batatinha frita, 1, 2, 3…” Outro ponto de destaque fica por conta das competições que, apesar de simples, infantis, típicas da Coreia do Sul e outras como bolinha de gude e cabo de guerra – também conhecidas ao redor do mundo – são extremamente sangrentas. Em uma entrevista à Variety, o criador disse que escolheu jogos simples e de fácil compreensão para que o telespectador não precisasse se esforçar muito para entender a proposta. E ao que parece, deu certo, já que todo mundo está vidrado. A “graça” só acaba quando o jogado é eliminado brutalmente. Processo? Rolou! Recentemente, a plataforma de streaming foi processa pela SK Broadband, um serviço de internet da Coreia do Sul, por conta do sucesso da série. A empresa alega que o tráfego de dados utilizados para assisti-la é imenso. Oi? Você leu certo! E tem mais, está exigindo que a Netflix arque com os custos de manutenção, em torno R$ 124,5 milhões. Eita! Em comunicado enviado à revista Variety, um porta-voz do streaming disse que a empresa acredita no relacionamento colaborativo “com cada um fornecendo a melhor experiência aos consumidores mútuos”. É possível uma 2ª temporada? É certo que com a explosão de sucesso, os fãs se questionem sobre uma segunda temporada e, ao que tudo indica, vem aí! Em entrevista ao jornal britânico “The Times”, na última segunda, o diretor Hwang Dong-hyuk falou sobre a possibilidade e afirmou que gostaria de se concentrar em problemas policiais. “Enquanto eu estava escrevendo a primeira temporada, pensei sobre as histórias que poderiam estar na segunda temporada, caso eu fizesse uma – uma (possibilidade) seria a história do Líder (Lee Byung-hun, o personagem de máscara preta que controla o jogo)”, disse o showrunner. “Acho que o problema com os policiais não é apenas um problema na Coreia do Sul. Vejo no noticiário global que a força policial pode demorar muito para agir sobre as coisas. Há mais vítimas ou a situação piora porque eles não agem rápido o suficiente. Essa era uma questão que eu queria levantar. Talvez na segunda temporada eu possa falar mais sobre isso”, completou. Dados vazados Em determinado episódio, um número de telefone e uma conta bancária são exibidos ao público, o que choca é que eles são reais, nada de ficção por aqui. Na web, fãs afirmam já terem transferido dinheiro e ligado para o contato. A dona da linha, segundo o portal local Koreaboo, disse que não aguenta mais receber ligações de curiosos o dia todo. A Netflix inclusive, ofereceu uma indenização para a proprietária, sugerindo a troca do número, mas ela negou e pediu que os fãs parassem de incomodá-la E aí, já assistiu?