Entretenimento
Autora da supersérie ‘Os dias eram assim’ entrega final de Alice

Uma cena extra deve ser gravada hoje, às pressas, na própria data em que será transmitida o último capítulo de “Os dias eram assim” . Autora da produção ao lado de Alessandra Poggi, Angela Chaves entrega detalhes do desfecho. No encerramento da trama, Alice (Sophie Charlotte) surgirá nos dias atuais como uma fotógrafa famosa casada com Renato (Renato Goés): numa entrevista a jornalistas, a personagem discursará sobre o tema “liberdade”.
— A supersérie tratou da liberdade de ser em diferentes formas. Apesar do teor histórico, o cerne foram as relações familiares — justifica Angela, que trabalhou como colaboradora de Manoel Carlos antes de assinar sua primeira obra.
As dramaturgas não negam que tiveram receio em colocar no ar dramas controversos, como traição entre irmãos, romance entre primos e descobertas sexuais. As incertezas aumentaram diante de um fato inusitado: de acordo com pesquisas promovidas pela Globo, a maioria do público desconhecia a ditadura militar, período retratado na tela. Não à toa, logo após a estreia, elas reescreveram parte do texto original.
— Percebemos que poderíamos enfocar melhor a época. O público demonstrava interesse. Mas os núcleos principais não foram alterados — diz Angela, acrescentando que a “feliz consequência” foi o crescimento do papel de Mariana Lima, uma professora engajada na ficção.
Com boa audiência, “Os dias eram assim” inaugurou um termo na TV brasileira. Qual a diferença, afinal, de uma “supersérie”?
— É um gênero híbrido. Precisa do envolvimento do público ao longo de muito tempo, mas com agilidade. Foi o que fizemos.
Alice (Shophie Charlotte) e Renato (Renato Góes) em cena do último capítulo de “Os dias eram assim” Foto: Rede Globo/Divulgação / Cesar Alves
ALTOS DA NOVELA:
- A escalação do elenco foi o ponto alto da supersérie. Daniel de Oliveira, Susana Vieira, Natália do Vale e Cássia Kis brilharam.
- Boa sacada colocar atores para cantarem a abertura.
- A série usou e abusou de boas imagens de arquivo.
- Impossível não torcer pelo amor de Alice e Renato.
- A trama de Nanda (Julia Dalavia) foi mostrada de forma didática.
BAIXOS DA NOVELA:
- A ditadura foi apenas pano de fundo. Poderia ter sido melhor explorada.
- A caracterização dos personagens foi pobre.
- A morte de Arnaldo (Antonio Calloni) não criou expectativa sobre o seu assassino. E faltou um embate entre ele e Alice.
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