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Cláudia Faissol fala sobre a perda da irmã, Heloísa: "Era a nossa alegria"

Empresária falou sobre a morte de Heloísa Faissol e disse que a família está em choque

Por Ego 04/02/2017 00h20
Cláudia Faissol fala sobre a perda da irmã, Heloísa: 'Era a nossa alegria'
Reprodução - Foto: Assessoria

Cláudia Faissol, irmã de Heloísa Faissol, conversou brevemente nesta sexta-feira, 3. Muito abalada, ela afirmou que a família ainda não foi informada da causa da morte de Heloísa. O corpo da socialite foi encontrado na quinta-feira, 2, em seu apartamento, em Copacabana, Zona Sul do Rio. "É muito triste, a gente nem consegue dizer o que se passou, só sabe que ela faleceu. A Helô não estava atendendo telefone há dois dias então pedimos ao José Arthur (filho dela) para ir até lá enquanto eu procurava uma chave da casa dela. Eu não estava achando e então falei para ele quebrar a porta para entrar, mas não tinha mais tempo", contou.

Questionada se Heloísa vinha passando por um quadro de depressão, Cláudia disse não ter certeza. "Ela parecia que estava sempre sem muito ânimo, mas não sei dizer como que acaba numa história dessas. Quando a pessoa está muito deprimida não sai de casa... Eu não sei dizer. Prefiro não comentar porque eu ainda não sei o que aconteceu. Só sei que tentamos fazer o melhor que podíamos. Artista sempre tem alguma angústia própria que a gente não consegue entender. Quis que alguém fosse lá ver se estava tudo certo com o que a polícia estava fazendo, mas não deixaram que nosso advogado subisse, então ficamos sem informação. Só disseram que não tinha mais jeito", comentou.

"Fizemos de tudo para sempre tentar apoiá-la"

A irmã de Heloísa disse que a família está chocada e ainda está tentando compreender. "Fizemos de tudo para sempre tentar apoiá-la. O nosso melhor a gente fez. Eu estava sempre atolada de trabalho, queria ter feito melhor, mas fiz o meu melhor. Coitado do filho que teve que ver... Ela sempre foi muito diferente de todo mundo. Quando falávamos para ir por aqui ou alí, ela via como cobrança, mas era coisa de família que tenta alertar", falou.

Cláudia fez questão de frisar que Heloisa tinha uma formação e múltiplos talentos. "Ela não é socialite. A Heloisa é formada em marketing, pintava esplendidamente, tudo que fazia com a mão era esplêndido, inclusive esculturas. Não sei porque ela comunicava tão mal o que era. Esse negócio de funk, eu falava 'pelo amor de Deus'", disse ela, se referindo ao momento em que Heloisa se lançou como a MC Helô Quebra Mansão.

Divergências sobre carreira no funk

"Ela falava que queria se comunicar com um povo maior, que queria que entendessem o que estava dizendo por trás das letras. Eu falava que pegava mal porque era uma música fraca e a gente tinha o Brasil cheio de música boa. Ela falava que a gente pensava diferente e queria só se comunicar. Eu  perguntava qual era o ponto, não entendia bem. Falei para ela que parecia que era falta de carinho, quis saber o que era. A Helô dizia: 'É meu jeito, acho engraçado'. Mas eu não achava graça", lembrou.

Olympio Faissol: "Meu pai foi a primeira pessoa a saber"

E desabafou: "A gente se amava e se compreendia do nosso jeito. Brigava e voltava a falar. Com todas as diferenças, sempre nos ajudamos dentro das possibilidades". O pai de Heloisa e Cláudia, o renomado dentista Olympio Faissol, de 86 anos, já foi informado da perda da filha. "Meu pai foi a primeira pessoa a saber", afirmou Cláudia. E completou: "Para a gente foi uma perda muito grande. Ela era engraçada, a nossa alegria. Não tem palavras para definir".

Entenda o caso

O corpo da socialite foi encontrado em seu apartamento, em Copacabana, Zona Sul do Rio, nesta quinta-feira, 2. A delegada Vanessa Martins, assistente da 13ª DP, conversou com o EGO na manhã desta sexta-feira, 3, sobre a morte de Heloísa.

Segundo Vanessa, a família procurou a delegacia na tarde de quinta e afirmou que Heloísa tinha um quadro de depressão. Ainda de acordo com informações da polícia, não é possível afimar a causa da morte até que saiam os resultados técnicos da perícia, mas a princípio não há indícios de homicídio.

De acordo com informações do "SBT Rio", a polícia acredita que Heloísa estaria morta desde domingo, 29, e que teria sido encontrada uma carta de despedida escrita pela própria socialite. Heloísa morava em um prédio na Rua Souza Lima, esquina com a Rua Bulhões de Carvalho, em Copacabana.

O corpo de Heloísa Faissol será cremado no sábado, 4, às 11h, na capela 9 do Memorial do Carmo, Zona Portuária do Rio. A família optou por não realizar velório e fará apenas uma cerimônia íntima de despedida 30 minutos antes da cremação.

A socialite de 46 anos deixa um filho, José Arthur, de 19 anos, do casamento com o ex-marido, o dentista Rene Gerdes. Um funcionário do prédio em que Heloísa Faissol morava contou, na manhã desta sexta-feira, 3, que ela vivia sozinha no apartamento e que não houve movimentação no local desde a noite anterior, quando o filho da socialite teria encontrado o corpo.

Heloísa participou da sétima edição do reality show "A Fazenda", da Record, em 2014, quando ficou entre os três finalistas. Ela é filha do renomado dentista Olympio Faissol, que cuidou de bocas de personalidades como o ex-presidente Fernando Collor e o ator Reynaldo Gianecchini.