Educação
Projeto Samu nas Escolas leva primeiros socorros a alunos especiais da Apae
A ação orientou alunos com síndrome de Down, autismo e outros agravos semelhantes
O Projeto Samu nas Escolas (PSE), uma ação de extensão da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), em parceria com a Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), por meio do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), realizou ação educativa na Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae), localizada no bairro do Prado, em Maceió. A iniciativa visou conscientizar e orientar os alunos com síndrome de Down, autismo e outros agravos semelhantes, sobre os perigos dos trotes e fornecer noções básicas de primeiros socorros.
Acadêmicos dos cursos de medicina, serviço social e enfermagem participaram da ação, compartilhando conhecimentos sobre como agir em situações de emergência, como queimaduras, choques elétricos, desmaios, engasgos em crianças e adultos e quedas da própria altura. O objetivo principal foi capacitar os alunos para reconhecer situações de risco e realizar os primeiros cuidados até a chegada dos profissionais de saúde, fortalecendo a educação preventiva e a cidadania entre o público atendido pela Apae.
Durante a atividade, os alunos foram orientados sobre como proceder em caso de queimaduras, destacando a importância de evitar uso de substâncias inadequadas, como manteiga ou pasta de dente, priorizando a lavagem do local lesionado com água corrente, até o atendimento especializado. No caso de choque elétrico, os acadêmicos enfatizaram a necessidade de interromper a fonte de energia antes de tocar na vítima, usando objetos não condutores, tipo madeira.
Para desmaios, os alunos aprenderam a identificar sinais de alerta e a garantir que a vítima permaneça deitada com as pernas elevadas, promovendo uma melhor circulação sanguínea. Os acadêmicos também explicaram como realizar a manobra de Heimlich para desobstrução das vias aéreas em situações de engasgo, tanto em crianças quanto em adultos, e a importância de manter a calma em tais situações.
No que se refere a quedas da própria altura, os alunos foram orientados sobre a importância de evitar movimentar a vítima, caso suspeita de fraturas, e chamar o serviço de emergência imediatamente. O treinamento contou com atividades práticas, simulando possíveis ocorrências, o que possibilitou aos alunos especiais uma melhor compreensão das técnicas ensinadas.
A coordenadora da Central Maceió do Samu Alagoas, Beatriz Santana, ressaltou a importância do projeto. “O Projeto Samu nas Escolas é essencial para a redução dos agravos e consequências dos acidentes, pois capacita os alunos, inclusive especiais, a ajudarem nossos socorristas com informações precisas, colaborando para um atendimento mais eficaz”, frisou.
Cidadania
A assistente social da Apae, Alessandra Flamarion, também destacou a relevância da ação. “Para os nossos alunos especiais, o PSE é mais uma ação de inserção da cidadania, pois os torna mais preparados e conscientes para lidar com situações de emergência, promovendo a inclusão de fato”, frisou.
Ryan Guilherme Rodrigues dos Santos, aluno de 16 anos, compartilhou o que aprendeu. “Agora sei como posso ajudar alguém que quebrou o braço, está desmaiado ou engasgado. É bom saber como agir, assim posso ajudar até que o Samu chegue ao local”, destacou.
O Projeto Samu nas Escolas, segundo o secretário de Estado da Saúde, Gustavo Pontes de Miranda, se apresenta como uma importante ferramenta de educação preventiva, promovendo conscientização e fortalecendo a capacidade de resposta em situações de urgência e emergência entre diferentes públicos. “Incluir os alunos da Apea no projeto foi uma iniciativa muito importante, possibilitando que eles possam se tornar protagonistas de sua própria segurança e de sua comunidade”, destacou.
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