Educação
Professor relata em livro seu naufrágio na foz do São Francisco
Docente de Arapiraca conta que foi levado pela correnteza e nadou mais de 5 horas até ser resgatado por casal de pescadores
Em terra firme, o professor Daniel Ferreira agradece a Deus por estar vivo e contar a história de um incrível naufrágio, depois de nadar por mais de cinco horas em alto-mar, à espera de socorro.
O acidente na praia aconteceu no dia 30 de zembro de 2012, mas somente agora, dez anos após o naufrágio, o professor teve condições financeiras para publicar o livro.
Em entrevista exclusiva à Tribuna Independente, o educador Daniel Ferreira, que leciona Matemática na Escola Fernando Collor, no Povoado Canaã, na área rural de Arapiraca, disse que estava em um retiro espiritual com um grupo de cristãos evangélicos, na Praia do Miaí, na cidade de Coruripe, no litoral sul de Alagoas.
Ele conta que, na época, recebeu um convite para conhecer o encontro do rio com o mar, na foz do São Francisco, no município de Piaçabuçu.
“Comecei a nadar em um trecho do rio, mas em determinado momento, a correnteza de vazão acabou me arrastando até as pororocas do encontro do rio com o mar adentro. Nadei por mais de cinco horas em mar aberto, sem nenhum ponto de visualização. A Marinha e o Corpo de Bombeiros estavam em outro resgate e fui parar em um local conhecido como Ponta dos Mangues, já no litoral de Sergipe, distante mais de dezoito quilômetros do ponto onde eu estava naquele dia”, lembra.
Daniel Ferreira diz que os familiares, amigos e vizinhos acreditaram que ele já estaria morto. “Um casal de pescadores me salvou e me retirou das águas do mar. Foi um verdadeiro milagre e uma lição de vida para uma mudança de mentalidade, a importância de amor ao próximo, amor à família e de valorizar os minutos preciosos de cada dia da nossa existência”, salienta.
Mesmo diante das dificuldades para lançar o seu primeiro livro, Daniel Ferreira pretende escrever uma versão infantil, que deverá ter como título “o Menino do Mar”.
A proposta, segundo o escritor, é abordar a obediência das crianças em cuidar da natureza, não poluir os mares e toda uma visão da ecologia e das lições de não ser egoísta, de ser bondoso, todos esses valores que, nessa nova geração de alta tecnologia, onde a vida virtual parece muito mais significativo do que a vida real”, acrescenta.
Daniel Ferreira conta que já enviou o livro para os Estados Unidos e também está sendo vendido em Portugal pela mesma editora.
“A ideia é daqui alguns meses lançarmos uma edição em E-book pela Amazon para o Kindle, na tecnologia Kindle. Também já recebi algumas propostas de pessoas que trabalham com documentário para lançar um documentário e até um comentário de um cineasta que diz que o livro tem grande possibilidade de virar um filme no futuro”, anuncia.
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