Educação

Após perder reeleição, ex-prefeito de Porto Calvo teria desviado R$ 7 milhões do Fundeb

Ele teria transferido montante para empresas de fachada que são investigadas pela PF

Por Redação 16/12/2021 14h46
Após perder reeleição, ex-prefeito de Porto Calvo teria desviado R$ 7 milhões do Fundeb
Reprodução - Foto: Assessoria

A Polícia Federal em Alagoas (PF) cumpriu 18 mandados de busca e apreensão nas cidades de Maceió, Rio Largo e Porto Calvo  durante operação "Últimos atos" deflagrada nesta quinta-feira (16). As investigações apontam para um desvio milionário de recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (Fundeb).

A ação também aconteceu no Recife, em Pernambuco, e Fortaleza, no Ceará.

O delegado Bruno Raphael Maciel disse durante coletiva realizada na sede da PF em Maceió, que pelo menos um ex-gestor de Porto Calvo está sendo investigado por participação no esquema. Ele teria transferido R$ 7 milhões dos cofres públicos para empresas suspeitas em 16 dias, logo após perder a reeleição. Apesar de não ter o nome divulgado pela PF, o ex-gestor que perdeu a eleição é David Pedrosa (MDB).

De acordo com as investigações, quatro empresas foram contratadas, sendo duas editoras, com sede em Fortaleza e Recife, uma construtora de Porto Calvo e uma empresa comercial com uma atuação mais ampla e que teria sede em Alagoas. Em apenas dois dias, foi transferido a quantia de R$ 5 milhões.

Para que o desvio fosse executado, os participantes usavam empresas de fachadas, que já vinham sendo investigadas, e que recebiam dinheiro de prefeituras.

Os agentes da PF apreenderam uma grande quantia em dinheiro, sendo R$ 250 mil na casa de um dos envolvidos, em Maceió. Também foram recolhidas notas em euro e dólar, além de vários veículos, dentre eles, carros importados.

[caption id="attachment_486910" align="aligncenter" width="800"] Foto: Ascom PF[/caption]

“A forma como essas transações foram feitas chamou a atenção e começamos a fazer pesquisas de campo e chegamos à conclusão de que as transferências eram irregulares e parte dos recursos foi transferida para empresas fantasmas”, destaca o delegado federal Bruno Raphael.